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PF: miliciano infiltrado no PSol levantou informações sobre Marielle

O infiltrado acompanhava a rotina de Marielle e indicou que ela pediu para a população não aderir a loteamentos situados em áreas de milícia

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Renan Olza/Camara Municipal do Rio de Janeiro
Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro (RJ) pelo PSol. Ela foi morta pelo miliciano Ronnie Lessa, apontado como "psicopata" em depoimento de delegado.
1 de 1 Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro (RJ) pelo PSol. Ela foi morta pelo miliciano Ronnie Lessa, apontado como "psicopata" em depoimento de delegado. - Foto: Renan Olza/Camara Municipal do Rio de Janeiro

De acordo com a investigação da Polícia Federal (PF), os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes da execução de Marille Franco ao lado do ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, contavam com informações de um miliciano infiltrado no PSol para levantar informações.

O informante foi identificado como Laerte Silva de Lima. De acordo com relatório da PF obtido pelo Metrópoles, o ex-PM Ronnie Lessa ouviu de Domingos Brazão que o infiltrado teria levantado que Marielle pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia.

Em outro trecho do relatório da PF, em uma das reuniões, Domingos Brazão “indicou que havia alocado um infiltrado de nome Laerte Silva de Lima nas fileiras do PSol para levantar informações internas do partido”.

O miliciano Larte e a esposa teriam se filiado ao PSol 20 dias depois do segundo turno das Eleições de 2016. Laerte foi preso no âmbito Operação Intocáveis, que investigou a ação de milícias no Rio de Janeiro.

Operação

Na manhã deste domingo (24/3), uma operação da PF prendeu os suspeitos de mandar matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. A operação também mira crimes de organização criminosa e obstrução de justiça no Caso Marielle.

Foram presos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ); o irmão dele, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio; e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.

A Operação Murder Inc. foi deflagrada pela PF conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

A ação contou ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Os três presos pela suspeita de mandar matar Marielle serão transferidos para a Penitenciária Federal de Brasília, mesma unidade prisional onde está preso o líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

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