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PF marca oitiva de Zambelli em inquérito sobre contratação de hacker

A deputada federal vai depor no dia 14 de novembro, na sede da Polícia Federal, em Brasília. Ela é suspeita de atuar junto a Delgatti

atualizado

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Fotografia colorida do hacker Walter Delgatti
1 de 1 Fotografia colorida do hacker Walter Delgatti - Foto: Reprodução/Redes sociais

A Polícia Federal marcou o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no inquérito que investiga os relatos do hacker da Vaza-Jato, como é conhecido Walter Delgatti. Zambelli é investigada devido a alegações do hacker de que teria sido contratado para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir dados falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A oitiva referente a essa investigação está marcada para acontecer no dia 14 de novembro, às 14h, na sede da Polícia Federal, em Brasília.

O Metrópoles teve acesso exclusivo aos comprovantes de pagamento feito pela equipe de Zambelli ao hacker. No extrato, entregue por Delgatti aos investigadores, há uma lista de quatro transações via Pix de pessoas próximas à deputada.

A assessoria da parlamentar disse ao Metrópoles que o dinheiro repassado pelo ex-assessor dela a Delgatti Neto “não teve relação com a invasão dos sistemas do CNJ”.

“A PF já concluiu que as transferências, que totalizaram R$ 10,5 mil, foram feitas para pagar garrafas de uísque. Além disso, a PF não encontrou indícios de que Carla Zambelli soubesse dos ataques ao sistema do CNJ ou mesmo sobre as transações entre seu então assessor e Walter”, informou a assessoria da deputada.

Em depoimento à CPMI dos atos de 8 de janeiro, o hacker Walter Delgatti também afirmou que Zambelli prometeu a ele um emprego após a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Ele também teria dito à PF que recebeu R$ 40 mil de uma assessora dela pelo serviço e entregou um áudio que comprovaria a contratação.

Relembre

O hacker apontou que a deputada teria atuado no plano para tentar invadir as urnas eletrônicas usadas nas eleições de 2022. Em outras versões, aliados de Zambelli alegam que foi Delgatti quem procurou a deputada e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).

No dia do depoimento, Zambelli respondeu e afirmou que terá a “inocência provada” e chamou Delgatti de “mentiroso contumaz”.

Em agosto deste ano, a PF deflagrou a Operação 3FA contra Zambelli e Walter Delgatti, que foi preso na ocasião. O objetivo da operação foi esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do CNJ e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

De acordo com a Polícia Federal, os crimes aconteceram em 4 e 6 de janeiro deste ano. Nas datas, foram inseridos no sistema do CNJ e de outros tribunais brasileiros 11 alvarás de soltura de presos e um mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes.

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