PF investiga lavagem de dinheiro no caso da advogada sequestrada no RJ
Os depósitos do resgate da advogada Anic Almeida, no valor de R$ 4,6 milhões, foram feitos para 31 destinatários diferentes
atualizado
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Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, realizou 40 depósitos bancários para pagar parte do resgate de Anic Almeida Peixoto Herdy, advogada que está desaparecida há quase três meses.
De acordo com o relatório final da investigação, os depósitos foram feitos entre os dias 6 e 8 de março para 31 destinatários, entre pessoas físicas e empresas.
Os destinatários estão distribuídos entre cinco estados brasileiros: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Paraná. Também foram registradas transferências para o Paraguai.
Apenas uma empresa, localizada em Chuí (RS), recebeu R$ 249 mil em cinco depósitos realizados por Benjamin. As investigações apontam que o marido de Anic fez as transferências bancárias orientado por Lourival Correa Netto Fatica, indicado como arquiteto do crime.
Parte da investigação foi enviada à Polícia Federal (PF), que apura se houve lavagem de dinheiro.
De onde vem a fortuna da família de Herdy, marido da advogada?
Anic de Almeida Peixoto Herdy, advogada de Petrópolis (RJ), foi sequestrada no Rio de Janeiro em 29 de fevereiro e, em troca de sua liberdade, foi cobrado um valor de R$ 4,6 milhões. O montante foi pago pelo marido de Anic, Benjamin Cordeiro Herdy, mas a mulher não foi solta.
Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, é herdeiro e um dos 7 filhos de José de Souza Herdy, fundador do grupo educacional que deu origem à universidade Unigranrio e falecido em 1989. A família geriu o negócio até 2021, quando a universidade foi vendida ao grupo Afya. Na época, a compra custou R$ 700 milhões.
Além da herança, Benjamin é empresário e sócio do Hotel Fazenda Casarão da Afetiva, no Rio de Janeiro, e da Herdy Incorporações e Participações LTDA. Anic e o marido ainda possuem uma sociedade empresarial: Lanic Consultoria e Serviços, voltada para gerenciamento de carreiras.
