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PF investiga se “Abin paralela” ajudou na campanha de Ramagem em 2022

Policiais federais da “Abin paralela” estão sendo investigados por atuação na campanha de Alexandre Ramagem para a Câmara em 2022

atualizado

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A Polícia Federal (PF) está investigando se agentes federais que atuaram na “Abin paralela” trabalharam de forma clandestina na campanha do ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem para deputado federal em 2022. Ramagem é candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Investigadores suspeitaram da atuação dos agentes, após o depoimento do parlamentar no âmbito da apuração do monitoramento ilegal de pessoas e autoridades públicas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A empreitada dos agentes ficou conhecida como “Abin paralela”.

Um  documento dos gastos de campanha apreendido pela PF, relacionado a Ramagem, inclui os nomes de dois agentes próximos ao ex-diretor. Ele negou qualquer irregularidade em seu depoimento.

Durante a gestão de Ramagem, entre 2019 e 2022, teriam sido recrutados servidores da PF para trabalhar na Abin. Entre eles, estão os nomes de Henrique Cesar Prado Zordan e Felipe Arlotta.

Henrique recebeu uma licença-capacitação após entrar para a Abin, em julho de 2022. A suspeita é de que, durante o período, ele teria trabalhado na campanha de Ramagem.

O deputado federal pelo PL negou em seu depoimento ter usado os policiais federais para ganhar vantagens de “natureza eleitoral”.

Senhas e conversas

Henrique perguntava sobre outros candidatos do Rio de Janeiro questões de segurança e potenciais adversários de Ramagem. Henrique e Felipe, que atuaram na Abin, foram procurados pela PF e são apontados como integrantes do grupo de “subordinados” da organização criminosa.

O agente tinha acesso às senhas das contas do parlamentar no Facebook e também ajudava a “criar ou resgatar senhas do Facebook e até do TikTok”, conforme relatado pelo O Globo. Henrique visitou Ramagem durante as campanhas, mas não participou delas, segundo seu depoimento.

O órgão apurou as planilhas de gastos de Ramagem, verificando que na aba ao mês de agosto constavam pagamentos “efetuados aos policiais federais durante o período” em que estavam afastados das funções.

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