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São Paulo – A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (10/2) a Operação Lavaggio, para apurar crimes de ocultação de bens e capitais obtidos com lucros provenientes de tráfico internacional de drogas, praticados a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
A investigação, que começou a partir da análise de documentos e informações colhidos durante a Operação Overload, tem como objetivo reunir provas e identificar e bloquear bens imóveis e dinheiro oriundos de ganhos ilícitos decorrentes dos crimes cometidos por um dos investigados.
Foram cumpridos nesta quarta-feira seis mandados de busca e apreensão e sete ordens judiciais de bloqueio de imóveis (Campinas e Monte Mor), cujo valor aproximado pode chegar a pouco mais de R$ 3 milhões.
Durante a Operação Overload, a PF constatou que o investigado fez parte do núcleo de operadores do tráfico internacional externo ao aeroporto de Viracopos. Ele seria um dos responsáveis pela organização do empreendimento criminoso, pelas tratativas com investidores e traficantes estrangeiros situados no continente europeu, bem como pela cooptação de empregados internos ao sítio aeroportuário.
Na ação desta quarta, a Polícia Federal identificou, ao menos, 20 atos de lavagem relacionadas ao investigado, contabilizando alienações de veículos e compras de imóveis (apartamentos, casas, chácaras), feitas envolvendo familiares com rendas incompatíveis com as transações, além de terceiros e pessoas jurídicas.
Segundo a PF, a movimentação de alguns investigados na Operação Overload chegou a R$ 10 milhões, tendo sido apreendidos naquela oportunidade veículos e dinheiro no valor aproximado de R$ 3 milhões.
Os envolvidos responderão pelo crime de lavagem de dinheiro, cuja pena pode chegar a 10 anos de prisão.