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PF investiga desaparecimento de jornalista e indigenista no Amazonas

Segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena

atualizado

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Adam Mol/Funai/Reprodução
Vale Javari
1 de 1 Vale Javari - Foto: Adam Mol/Funai/Reprodução

A Polícia Federal investiga o desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. O sumiço, no Vale do Javari, no Amazonas, já ultrapassa 24 horas.

Em nota, a PF informou que o desaparecimento dos dois já está sendo investigado, e que novas informações serão divulgadas assim que a apuração avançar.

Segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que se encontra próxima ao Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar algumas entrevistas com os habitantes daquela região.

arte colorida de mapa Vale do Javari
Mapa da região do Vale do Javari, no Amazonas

Segundo informações iniciais, o indigenista e o profissional de imprensa desapareceram quando faziam o trajeto da comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte.

O editor do jornal britânico The Guardian Jonathan Watts, no qual Phillips é colaborador, pediu que as buscas sejam céleres.

“Apelando às autoridades brasileiras para que iniciem urgentemente a operação de busca”, publicou Jonathan Watts no Twitter.

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Indigenista Bruno Araújo Pereira
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução
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Indigenista Bruno Araújo Pereira

Funai/Arquivo/Divulgação

Em nota, o jornal britânico manifestou preocupação com o desaparecimento, e afirmou que “busca urgentemente informações”.

“Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível”, frisa o texto.

Bruno Araújo era alvo constante de ameaças pelo trabalho que vinha fazendo com os indígenas contra invasores. Ele atua na Fundação Nacional do Índio (Funai) desde 2010, mas está licenciado.

O Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal e o Exército já foram acionados para realizar as buscas. Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato também demonstrou preocupação com o caso.

A Funai informou que está acompanhando o caso e mantém contato com as forças de segurança que atuam na região para colaborar nas buscas.

Indigenista renomado

Bruno é considerado um dos indigenistas mais experientes da Funai. No órgão desde 2010, ele foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. Acabou demitido, em 2019, após combater mineração ilegal em Terras Indígenas.

A  exoneração de servidor ocorreu no momento em que o presidente Jair Bolsonaro  (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas.

O indigenista está licenciado da Funai, e atualmente faz parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Jornalista prepara livro

Dom Phillips é um jornalista colaborar do jornal britânico The Gardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e mora em Salvador.

Phillips está trabalhando em um livro sobre meio ambiente, com apoio da Fundação Alicia Patterson.

Além do The Guardian, Phillips já publicou trabalhos no Financial Times, New York Times, Washington Post e em agências internacionais de notícias.

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