metropoles.com

PF indicia Oswaldo Eustáquio por fake news eleitoral no Paraná

Prefeito de Paranaguá fez denúncia. O jornalista bolsonarista diz que baseou notícia apontada como falsa em uma decisão judicial

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ascom/ Oswaldo Eustáquio
oswaldo eustaquio sai de carro com bandeira no ombro
1 de 1 oswaldo eustaquio sai de carro com bandeira no ombro - Foto: Ascom/ Oswaldo Eustáquio

A Polícia Federal indiciou o jornalista Oswaldo Eustáquio pela divulgação de notícia supostamente falsa contra o então candidato a prefeito de Paranaguá (PR), Marcelo Roque (Podemos), na eleição de 2020. O influenciador bolsonarista, que cumpre prisão domiciliar em Brasília por determinação do STF em outro processo, publicou em novembro do ano passado, antes do primeiro turno, texto chamando Roque de “corrupto” e alegando que ele estava “inelegível” e, portanto, perderia a eleição.

A defesa de Eustáquio alega que o jornalista publicou o texto com base em decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná que havia vetado a candidatura de Roque porque ela poderia configurar uma terceira reeleição consanguínea, já que ele tentava a reeleição e seu pai, Mário Manoel das Dores Roque (PMDB), havia sido eleito prefeito da cidade em 2012, tendo morrido em 2013 e sido substituído pelo vice, Edson de Oliveira Kersten (PMDB).

A decisão, porém, foi derrubada, e Marcelo Roque concorreu – e foi eleito. O então candidato chegou a acionar o TRE-PR para derrubar o conteúdo, e agora o assunto virou alvo de inquérito da Polícia Federal.

Eustáquio foi ouvido no início de maio, por videoconferência, pelo delegado da PF Manoel da Paz Filho, e respondeu a perguntas sobre a campanha em Paranaguá, tendo alegado que baseou a nota publicada em seu site na decisão do TRE-PR. Segundo sua defesa, o texto da oitiva nunca chegou a seu endereço para que ele o assinasse, tampouco teria chegado o indiciamento, datado de 21 de maio.

Segundo documento a que o Metrópoles teve acesso, o delegado Manoel Vieira da Paz Filho, da PF, indiciou Eustáquio por artigos do Código Eleitoral como o 323 (Divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado); o 324 (Caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime) e o 325 (Difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação).

A defesa de Eustáquio, apesar de alegar a inocência, informou ainda que o cliente gostaria de ser condenado num eventual processo “para que a possibilidade de um terceiro mandato consanguíneo seja reconhecida pela Justiça e [o deputado federal] Eduardo Bolsonaro possa substituir seu pai em 2026”.

O jornalista cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que investiga atos antidemocráticos realizados em Brasília em 2020. Ele chegou a ser preso no Complexo da Papuda em dezembro do ano passado, onde alega ter sido torturado, mas sofreu um acidente em sua cela e acabou conseguindo o direito de ir para casa e de se tratar em um hospital da capital.

Errata

O Metrópoles havia divulgado erroneamente na quarta-feira (26/5) que o indiciamento de Oswaldo Eustáquio pela PF era relativo a fake news contra o candidato Guilherme Boulos (PSol) na eleição para a prefeitura de São Paulo em 2020. Esse processo foi arquivado. Pelo erro, pedimos desculpas ao jornalista e aos leitores.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?