PF indicia Lula por repasses da Odebrecht ao seu instituto
O ex-presidente já foi condenado nas ações do sítio de Atibaia e do triplex do Guarujá
atualizado
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A Polícia Federal indiciou, na última segunda-feira (23/12/2019), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo recebimento de R$ 4 milhões da construtora Odebrecht ao Instituto Lula. Marcelo Odebrecht, então mandatário da empresa, por sua vez, é acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci e o presidente do instituto, Paulo Okamotto, também foram indiciados. As informações foram reveladas pela revista Veja e confirmadas pelo Metrópoles.
Se a acusação for retificada pelo Ministério Público, o juiz avaliará se a denúncia reúne indícios de autoria e materialidade dos crimes contra os denunciados. A partir daí abre-se ou não uma ação penal.
De acordo com o relatório do inquérito que investigou Lula, assinado por Dante Lemos, delegado da PF, o dinheiro foi repassado ao Instituto Lula entre dezembro de 2013 e março de 2014, quando o petista já não era mais presidente.
O montante também saiu da “Planilha Italiano”, espécie de conta-corrente de propinas que a Odebrecht mantinha com Palocci. Italiano era o codinome do ex-ministro no setor de propinas da empreiteira, chamado de “setor de operações estruturadas”.
Lula já é réu em um processo que apura se ele recebeu R$ 12,9 milhões da Odebrecht por meio das compras de um terreno que abrigaria o Instituto Lula, em São Paulo. O petista ainda foi condenado nas ações do sítio de Atibaia e do triplex do Guarujá.