PF indicia falsa enfermeira que aplicou vacina de soro em BH
Mulher foi indicada por aplicar vacina clandestina em empresários de Minas Gerais. Gestores foram considerados vítimas de estelionato
atualizado
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A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta terça-feira (15/2), a falsa enfermeira Cláudia Mônica Torres, acusada de aplicar supostas vacinas contra a Covid-19 em Minas Gerais, em março de 2021.
Cláudia foi indiciada pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Além disso, outras cinco pessoas também foram indiciadas: o namorado dela, dois filhos, o irmão e um amigo. As informações são do portal G1.
A mulher foi denunciada após vacinar clandestinamente diversos empresários do setor de transportes em 2021, na cidade de Belo Horizonte. Na época, a imunização contra a Covid no Brasil era restrita a grupos prioritários. Mesmo com a intenção de furar a fila da vacina, o grupo foi considerado vítima de estelionato.
As investigações apontam que os empresários pagaram R$ 600 pela a aplicação dos supostos imunizantes. Segundo as apurações da PF, os gestores foram vítimas de um golpe, já que a substância aplicada não era vacina.
De acordo com a corporação, o conteúdo das seringas era soro fisiológico. Cláudia Mônica Torres atuava como cuidadora de idosos e já havia sido acusada anteriormente de aplicar golpes.
Segundo reportagem do programa Fantástico, a falsa enfermeira reúne uma série de processos na Justiça por ter sumido com dinheiro de vítimas. Em um dos casos levados à polícia, uma das vítimas diz ter perdido R$ 20 mil.
No escritório de um dos donos da garagem onde ocorreram as aplicações, a Polícia Federal encontrou uma lista com 57 nomes e horários que seriam da vacinação. A maioria dessas pessoas mora em bairros luxuosos e condomínios fechados da região metropolitana de Belo Horizonte.
Terceira dose da vacina contra a Covid-19