PF indicia Alckmin por caixa 2, lavagem de dinheiro e corrupção passiva
O ex-governador de São Paulo e ex-candidato a presidente pelo PSDB foi um dos alvos da delação da Odebrecht
atualizado
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A Polícia Federal indiciou na tarde desta quinta-feira (16/7) o ex-governador de São Paulo e ex-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) por caixa 2, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Agora caberá ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) decidir se vai fazer novas solicitações para a PF, para que a investigação se aprofunde, ou arquivar a denúncia de lavagem de dinheiro contra os dois.
Geraldo Alckmin é investigado desde 2017, após a delação premiada da Odebrecht. De acordo com a acusação, os crimes estariam vinculados a campanhas eleitorais. Segundo Carlos Armando Paschoal, diretor da empresa em São Paulo, ele teria entregue R$ 2 milhões para a campanha de Alckmin ao governo do estado em 2010.
O que diz Geraldo Alckmin
Em entrevista à CNN, o ex-governador de São Paulo comentou as acusações: “Quem está na vida pública tem o dever de prestar contas cotidianamente. As minhas campanhas, tanto em 2010 e 2014 quanto agora em 2018, foram todas dentro da lei”.
“Procurei agir com rigor absoluto. A minha vida pessoal é simples, as minhas campanhas foram modestas. Por exemplo, nas campanhas de 2010 e 2014 não gastei tudo o que foi arrecadado, deixei o restante para o partido. Estou com a consciência limpa”, sustentou.
“Meu patrimônio é igualzinho, até menor [depois das campanhas]. Voltei para a medicina, abri mão de tudo.”
O que diz o partido
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) afirmou em nota: “Geraldo Alckmin sempre levou uma vida modesta e de dedicação ao serviço público. É uma referência de correção e retidão na vida pública. Tem toda a confiança do PSDB”.