PF indicia acusados por mortes de girafas em importação ao BioParque
Dezoito girafas foram submetidas a maus-tratos físicos e psicológicos desde que chegaram ao país. Três morreram
atualizado
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A Polícia Federal indiciou quatro acusados pelas mortes de três girafas e maus-tratos a outros 15 animais da mesma espécie que foram importadas da África do Sul e que seriam levadas ao Zoológico do Rio de Janeiro, o BioParque.
O caso ocorreu em dezembro de 2021. Um laudo comprovou que girafas foram submetidas a maus-tratos físicos e psicológicos desde que chegaram ao Brasil.
Inicialmente, os animais cumpririam uma quarentena de 15 dias no resort Portobello Safari, em Mangaratiba, no litoral sul do Rio. No entanto, elas ficaram meses confinadas em espaços reduzidos e sob “torturas psicológicas”.
A investigação concluiu que Cláudio Hermes Mass, consultor do BioParque, e Manoel Browne de Paula, diretor de operações do Zoológico do Rio de Janeiro, cometeram crime ambiental ao praticar abuso, maus-tratos e ferir 15 girafas, além de causar as mortes de mais três.
“Na defesa dos interesses econômicos de seu empregador, contribuíram decisivamente para que todas os 18 espécimes fossem submetidos a uma rotina de maus-tratos”, diz o documento.
Hélio Bustamante Pereira de Sá, analista do Ibama, e Priscila Diniz Barros de Almeida, servidora do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), foram indiciados por irregularidades nos documentos de autorização da importação.
Caso condenados, os acusados podem pegar de um a três meses ou mesmo um ano de reclusão, além de multa.