metropoles.com

PF: fraude de cartão de vacina pode estar ligada à tentativa de golpe

Em relatório, PF indica que as fraudes nos cartões de vacina podem ter sido feitas durante o planejamento da suposta tentativa de golpe

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Andre Borges/Esp. Metrópoles
Ex-presidente jair Bolsonaro ao lado de autoridades do governo e forças armadas pf - metrópoles
1 de 1 Ex-presidente jair Bolsonaro ao lado de autoridades do governo e forças armadas pf - metrópoles - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O relatório da Polícia Federal (PF) sobre as adulterações em cartões de vacina, que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 16 pessoas, aponta que as fraudes nos documentos dos sistemas do Ministério da Saúde podem ter sido realizadas durante o planejamento da suposta tentativa de golpe de Estado.

“O presente eixo [falsificação dos cartões de vacina] pode ter sido utilizado pelo grupo para permitir que seus integrantes, após a tentativa inicial de golpe de Estado, pudessem ter à disposição os documentos necessários para cumprir eventuais requisitos legais para entrada e permanência no exterior (cartão de vacina), aguardando a conclusão dos atos relacionados à nova tentativa de golpe de Estado que eclodiu no dia 8 de janeiro de 2023”, diz o relatório.

Bolsonaro, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e mais 14 pessoas estão na lista de indiciados pela PF.

A Polícia Federal acredita ter provas suficientes para indiciar o grupo no inquérito que investiga as fraudes nos sistemas do Ministério da Saúde. No momento, esse processo será analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), responsável por decidir se apresenta a denúncia à Justiça ou se arquiva o caso.

Confira os indiciados pela PF:

  • Jair Bolsonaro: inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa
  • Mauro Cid: falsidade ideológica de documento público, inserção de dados falsos em sistema público, falsidade ideológica de documento público, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa
  • Gabriela Santiago Ribeiro Cid: falsidade ideológica de documento público, inserção de dados falsos em sistema público, uso de documento ideologicamente falso, uso de documento falso em nome de suas filhas Isabela Ribeiro Cid e Giovana Ribeiro Cid
  • Gutemberg Reis: associação criminosa
  • Marcelo Costa Câmara: inserção de dados falsos em sistema público
  • Luis Marcos dos Reis: falsidade ideológica de documento público e inserção de dados falsos em sistema público
  • Farley Vinicius Alcantara: falsidade ideológica de documento público e inserção de dados falsos em sistema público
  • Eduardo Crespo Alves: inserção de dados falsos em sistema público
  • Paulo Sérgio da Costa Ferreira: inserção de dados falsos em sistema público
  • Ailton Gonçalves Barros: inserção de dados falsos em sistema público, falsidade ideológica de documento público e associação criminosa
  • Marcelo Fernandes Holanda: inserção de dados falsos em sistema público
  • Camila Paulino Alves Soares: inserção de dados falsos em sistema público
  • João Carlos de Sousa Brecha: inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa
  • Max Guilherme Machado de Moura: inserção de dados falsos em sistema público, uso de documento falso e associação criminosa
  • Sérgio Rocha Cordeiro: inserção de dados falsos em sistema público, uso de documento falso e associação criminosa
  • Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva: associação criminosa
  • Célia Serrano da Silva: associação criminosa

Cid confirma que Bolsonaro pediu inserção de dados falsos

Em depoimento à PF, o tenente-coronel confirmou que o ex-presidente teria ordenado a inclusão de dados da vacinação contra a Covid-19 nos cartões de vacina dele e da filha, Laura Firmo Bolsonaro.

“Conforme exposto, em seu termo de depoimento, o colaborador Mauro Cid afirmou que, após a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício de Jair Bolsonaro e Laura Firmo Bolsonaro, o então ajudante de ordens imprimiu os certificados de vacinação ideologicamente falsos e entregou em mãos ao então presidente da República Jair Messias Bolsonaro”, mostra o relatório.

Defesas

Após o indiciamento, o advogado de Marcelo Costa Câmara e Sérgio Rocha Cordeiro afirmou que só vai se pronunciar após ter acesso à delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

No entanto, ressaltou acreditar que o indiciamento “desaguará na ausência de elementos para que o procurador-geral de Justiça ofereça denúncia”, disse Luiz Eduardo Kuntz em nota assinada pela defesa.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?