PF ferida em ataque de Roberto Jefferson pede indenização de R$ 1 mi
Policial ficou com cicatrizes após ser atingida por estilhaços de granada atirada por Roberto Jefferson. Ela teve profunda lesão no quadril
atualizado
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A policial federal de 32 anos que ficou ferida após ataque a tiros de fuzil e granadas do ex-deputado Roberto Jefferson, em outubro do ano passado, entrou com uma ação na justiça pedindo R$ 1 milhão por danos morais, psicológicos e estéticos.
Jefferson atacou policiais federais que cumpriam um mandado de prisão contra ele em Comendador Levy Gasparian (RJ), em uma manhã de domingo, em 23 de outubro de 2022. Após horas de negociação, ele se entregou para a polícia e segue preso desde então. O ex-deputado é réu por tentativa de homicídio contra os policiais.
Na ação protocolada no judiciário no último sábado (26/8), a advogada Estela Nunes descreveu as lesões sofridas pela policial, que ficou com cicatrizes: ferimentos na cabeça, cotovelo, joelho, além de uma profunda lesão na região do quadril.
Os dois ferimentos principais que deixaram cicatrizes foram no rosto, atingido por um tiro de fuzil de raspão, e um no quadril, provocado por estilhaços de um tiro que atingiu a arma da profissional de segurança.
“Foram causados danos de muitas ordens diferentes. Não é só um dano. É dano físico, estético, moral, contra a honra e a imagem. A brutalidade e a violência do ato foram muito grandes”, explicou a advogada Estela Nunes.
Granadas com pregos
Segundo a ação, Jefferson deu 60 tiros e arremessou três granadas adulteradas com pregos, o que aumenta seu poder destrutivo.
A vítima do ex-deputado também justifica a indenização por conta da sua exposição na mídia, que a deixou exposta para ataques difamatórios. Ela convive com ataques de apoiadores de Jefferson.
De acordo com Estela Nunes, a policial teve que pedir transferência do Rio de Janeiro e chegou a ser assediada até por motoristas de aplicativo, que a reconheceram e questionaram o motivo dela cumprir o mandado de prisão contra o ex-deputado.
“Ela sofreu muitos ataques por apoiadores do réu, que chegaram a chamar ela de nomes pejorativos, sendo que ela estava apenas cumprindo o dever dela”, disse ainda a adovgada.