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PF faz operação para prender suspeitos de usar caixões em tráfico de drogas

Investigação teve início em junho deste ano, após uma pessoa ser presa, em Jataí (GO), como mula do tráfico

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1 de 1 carro-funerario-pmgo-apreensao-maconha-300kg-covid-19-caixoes - Foto: PMGO/Divulgação

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quinta-feira (10/12), quatro mandados de prisão temporária e 10 de busca e apreensão em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. A Operação Caixão visa combater uma quadrilha suspeita de traficar drogas, usando como fachada caixões que, supostamente, levariam pessoas que morreram em decorrência da Covid-19.

Segundo a PF, mais de 40 policiais federais trabalham na ação para cumprir os mandados expedidos pela Justiça de Jataí, no sudoeste goiano.

Há alvos nas cidades de Porangatu (GO), Rio Verde (GO), Ponta Porã (MS), Campo Verde (MT) e Brasília.

Veja imagens dos caixões:
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Investigação

A investigação teve início em junho deste ano a partir da prisão de um homem em flagrante, em Jataí, atuando como mula do tráfico. Durante uma abordagem de rotina, na madrugada do dia 15, militares da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) apreenderam, na BR-060, perto da cidade de Jataí, quase 300kg de maconha.

A droga estava escondida dentro de dois caixões, transportados em um carro funerário.

O nervosismo do condutor, de 22 anos, foi o que chamou a atenção dos PMs. Durante a abordagem, ele disse que estava transportando vítimas da Covid-19 da cidade de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, para Goiânia, e que, por isso, os caixões estavam lacrados e envolvidos com papel-filme.

Como não apresentou a guia de transporte dos corpos, os militares abriram os caixões, encontrando a maconha. Com a droga, o condutor do carro funerário foi encaminhado para a Delegacia de Jataí, onde acabou autuado em flagrante por tráfico de drogas.

Com a quebra do sigilo bancário e a interceptação telefônica dos suspeitos, identificaram-se os supostos vendedores, compradores e demais envolvidos.

Os compradores estariam presos no presídio de Aparecida de Goiânia (GO), tendo providenciado o transporte da droga por meio de um motorista freelancer da funerária envolvida, para despistar eventual abordagem policial.

Os investigados vão responder por tráfico e associação para o tráfico de drogas, podendo pegar mais de 15 anos de prisão. O nome da operação faz referência à apreensão de droga dentro de caixões funerários, os quais estariam carregados com supostas vítimas do novo coronavírus.

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