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Máfia da Merenda desviou R$ 1,6 bi no DF e em três estados, diz PF

Ação batizada de Prato Feito mira combater que recursos repassados pela União para alimentação de crianças sejam usados de forma fraudulenta

atualizado

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1 de 1 PF - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (9/5) a Operação Prato Feito, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) para desarticular cinco grupos criminosos suspeitos de desviar recursos da União destinados à educação no Distrito Federal e em três estados: São Paulo, Paraná e Bahia.

Foram cumpridos 154 mandados de busca e apreensão, além de afastamentos preventivos de agentes públicos e decisões de suspensão de contratação com o poder público referentes a 29 empresas e seus sócios. Todas as medidas foram expedidas, a pedido da PF, pela 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo e pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

O inquérito policial foi instaurado em 2015, a partir de informação apresentada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) relatando a possíveis fraudes em licitações de fornecimento de merenda escolar em diversas cidades do país afora

As investigações apuraram que os grupos criminosos agiriam em 30 municípios, contatando prefeituras por meio de lobistas, para direcionar licitações de fornecimento de recursos federais para a educação destinados ao fornecimento de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços.

Há indícios do envolvimento de 85 pessoas, sendo 13 prefeitos, quatro ex-prefeitos, um vereador, 27 agentes públicos não eleitos e outras 40 pessoas da iniciativa privada. A CGU identificou, ao longo das investigações, 65 contratos suspeitos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bilhão.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de fraude a licitações, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, com penas que variam de 1 a 12 anos de prisão.

Ligação com o PCC
Um dos principais alvos é o prefeito de Embu das Artes, na Grande SP, Ney Santos (PRB). Ele não é alvo de mandados de prisão, mas já foi acusado pelo Ministério Público do Estado no âmbito da Operação Xibalba por suposta lavagem de dinheiro do tráfico de drogas do PCC. (Com informações da Polícia Federal)

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