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PF faz operação contra membros do PCC que movimentaram R$ 700 milhões

Núcleo financeiro da organização criminosa é alvo da Polícia Federal. Mandados são cumpridos em São Paulo, no Rio e DF

atualizado

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PF/Divulgação
Lavagem de dinheiro
1 de 1 Lavagem de dinheiro - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (3/5), a Operação Tempestade, que tem como objetivo desarticular o núcleo financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), responsável pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção. Mandados judiciais são cumpridos em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília.

Trata-se da segunda fase da Operação Rei do Crime, que teve como alvo o braço financeiro que opera em favor do PCC. Por meio da ação, deflagrada em setembro do ano passado, foram interditadas pelo menos 70 empresas e, com autorização da Justiça, bloqueadas contas bancárias, cujos valores superam R$ 730 milhões.

De acordo com a Polícia Federal, o núcleo investigado nesta nova etapa é responsável pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção. Ao longo da apuração, que durou aproximadamente um ano, foram identificados alvos antigos de algumas operações, como a Navalha, Prato Feito e Zelotes.

 

Segundo informações fornecidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o grupo investigado fez operações atípicas superior a R$ 700 milhões.

As diligências da PF apontam que o núcleo financeiro identificado atuava em benefício de facção criminosa e desenvolvia, atualmente, atividades voltadas à lavagem de dinheiro do tráfico e da corrupção, tendo como modus operandi a entrega física de valores a suspeitos de práticas ilícitas, que eram os beneficiários dos saques em espécies.

Cortina de fumaça
A investigação apontou, ainda, abertura de empresas fictícias, que eram utilizadas como “cortina de fumaça” para a realização de depósitos de valores em uma instituição financeira de fachada, cujo papel no esquema era providenciar os saques dos valores e posterior entrega, em espécie, a terceiros com indícios de envolvimento em atividades ilícitas.

Além do sequestro patrimonial e bloqueio de valores, serão cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária, interdição judicial de seis empresas, 22 mandados de busca e apreensão distribuídos entre São Paulo, Tietê, Guarujá, Rio de Janeiro e Brasília, bem como a interdição de atividade de um contador.

As buscas são cumpridas em residências, empresas e dois escritórios de advocacia. A investigação tramita na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

A PF contou com a delação premiada do piloto de helicóptero que transportou Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, vulgo Paca, para uma emboscada que acabou resultando na morte dos dois em Fortaleza, em 2018.

No Presídio Federal de Brasília, de segurança máxima, estão alguns membros do PCC, como o chefe da facção: Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

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