metropoles.com

PF faz buscas contra suspeitos de ofender ministros do Supremo

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, abriu inquérito criminal para apurar ameaças e notícias falsas contra a Corte

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles
Fim de tarde no Superior Tribunal Federal – Brasília(DF), 19/01/2017
1 de 1 Fim de tarde no Superior Tribunal Federal – Brasília(DF), 19/01/2017 - Foto: Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF cumpre nesta quinta-feira (21/3), em São Paulo e Alagoas, mandados de busca e apreensão em casas de suspeitos de ofender ministros da Corte. Também foram decretadas medidas para bloquear contas na internet de onde teriam sido disparadas mensagens incitando o ódio contra o tribunal.

Um dos mandados foi cumprido na casa do advogado Adriano Laurentino de Argolo, em Alagoas. Ele, no entanto, negou as acusações de que seria o autor das postagens e disse que teve as contas das redes sociais clonadas.

Na semana passada, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, anunciou a abertura de um inquérito criminal para apurar ameaças e notícias falsas contra a Corte. O ministro Alexandre de Moraes é o relator dessa ação.

“Considerando as resistências de notícias fraudulentas, conhecidas como fake news, ameaças e infrações revestidas de ânimos caluniantes, que atingem a honrabilidade e segurança do STF, de seus membros e familiares, resolvo instalar um inquérito criminal para apurar fatos em toda a sua dimensão”, afirmou Toffoli.

Nessa terça (19), o ministro Alexandre de Moraes designou a equipe que o auxiliará nas investigações sobre notícias fraudulentas (fake news), ameaças e outros ataques feitos contra o STF e seus membros.

O despacho designou o delegado federal Alberto Ferreira Neto, chefe da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Fazendários; e o delegado de polícia Maurício Martins da Silva, da Divisão de Inteligência do Dipol-SP, para auxiliar nas investigações.

No despacho, Moraes relembrou manifestação do ministro Celso de Mello que, no dia de instauração do inquérito, declarou: “O abuso da liberdade de expressão constitui perversão moral e jurídica da própria ideia que, no regime democrático, consagra o direito do cidadão ao exercício das prerrogativas fundamentais de criticar, ainda que duramente, e de externar, mesmo que acerbamente e com contundência, suas convicções e sentimentos”.

Para o decano do STF, “não há virtude nem honra no comportamento daquele que, a pretexto de exercer a cidadania, degrada a prática da liberdade de expressão ao nível primário [e criminoso] do insulto, do abuso da palavra, da ofensa e dos agravos ao patrimônio moral de qualquer pessoa”.

Além das fake news, o objeto do inquérito é a investigação de falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações caluniosas ou difamatórias que atingem a honorabilidade e a segurança do STF, de seus membros e de seus familiares, quando houver relação com a dignidade dos ministros, inclusive o vazamento de informações e documentos sigilosos, e a verificação da existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais com o intuito de lesar ou expor, a perigo de lesão, a independência do Poder Judiciário e o Estado de Direito.

A medida é baseada na previsão regimental de que o presidente da Corte deve velar pela intangibilidade das prerrogativas do STF e dos seus membros (artigo 13, inciso I, do Regimento Interno do STF). A abertura de inquérito pelo presidente do STF está prevista no artigo 43 e seguintes do Regimento Interno. (Com informações do STF)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?