PF esteve na Câmara após falha na votação da PEC dos Auxílios
Sistema interno apresentou inconsistências durante a votação da PEC. Ainda não há informações sobre as investigações realizadas
atualizado
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Agentes da Polícia Federal (PF) foram até a Câmara dos Deputados, na noite de terça-feira (12/7), após o sistema interno da Casa apresentar inconsistências durante a votação da PEC dos Auxílios.
A presença dos agentes foi concretizada depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmar que pediria investigação da PF e do Ministério da Justiça sobre supostas interferências indevidas na votação da PEC dos Auxílios.
Em nota, a Polícia Federal informou que foi acionada para “apurar falhas na intranet e inconsistências no sistema de votação da Casa”. “Após o acionamento, uma equipe técnica esteve no local e fez as primeiras verificações”, informou a corporação.
“Foi instaurado procedimento preliminar de apuração na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e as diligências continuam a fim de esclarecer prontamente o ocorrido”, consta no comunicado.
Durante a votação, Lira disse que fará uma queixa formal contra as empresas responsáveis pela gestão do sistema de votação e internet da Casa. “É grave. Não existe isso: empresas autônomas com sistemas diferentes, os dois links caírem e a Câmara ficar incomunicável”, enfatizou Lira, dizendo que as “apurações serão rigorosas”.
“Já houve duas votações em que o painel eletrônico tinha dado defeitos. Há 467 deputados que deram presença na Casa hoje. Estamos com o pessoal da parte técnica que vai me dar por certidão o que está acontecendo. Dois servidores caíram ou foram cortados, duas empresas diferentes. Vou fazer uma queixa formal à Polícia Federal, ao Ministério da Justiça. Isso é interferir no trabalho livre e autônomo do Poder Legislativo”, defendeu o presidente da Câmara.
Mais cedo, a Câmara dos Deputados aprovou a PEC em primeiro turno. A medida injeta R$ 41,25 bilhões em programas sociais vigentes, além de criar novos benefícios.
São necessários 308 votos favoráveis em dois turnos para aprovação da proposta, além da votação em separado dos destaques ao texto.
Diante das falhas no sistema, Lira requisitou a presença física dos deputados em plenário para registrarem seus votos no segundo turno. “Abandonem o InfoLeg e venham ao plenário. InfoLeg é alternativa, não é regra. Nós estamos funcionando de maneira presencial. Querem, talvez, boicotar a matéria. Não ficará impune”, ameaçou o presidente.
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