PF diz que mais de 38 mil armas foram registradas após determinação de Lula
O recadastamento das armas no sistema da PF ocorre por determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que deu prazo de 60 dias
atualizado
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Em pouco mais de uma semana, mais de 38 mil armas de fogo foram cadastradas no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), segundo levantamento divulgado pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (9/2).
Em 1° de fevereiro, uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que todas as armas, sejam de uso permitido ou restrito, após a edição do Decreto nº 9.785, de 7 de maio de 2019, deveriam ser cadastradas no Sinarm em até 60 dias.
A medida é obrigatória até para quem já tem o equipamento registrado em outros sistemas. O cadastro precisa ter as identificações da arma e do proprietário, com nome, CPF ou CNPJ, endereço de residência e do acervo. Durante o período para cadastramento, os proprietários que não quiserem mais as armas, poderão entregá-las em um posto de coleta da campanha de desarmamento.
A portaria regulamenta decreto assinado em 1º de janeiro deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ato de Lula restringiu o acesso a armas e munições e suspendeu o registro de novos equipamentos de uso restrito de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs).
A medida foi uma das principais promessas de campanha de Lula: reverter a flexibilização do acesso a armas promovida pelo seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
De 2018 a 2022, o número de registros ativos de Caçadores, Atiradores e Colecionadores cresceu 473,6%, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.