PF diz não ter encontrado crimes e conclui inquérito contra Jair Renan
Quarto filho do presidente era investigado por suposto crime de tráfico de influência e lavagem de dinheiro
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investigava Jair Renan Bolsonaro, quarto filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e afirma não ter encontrado indícios de crime. Ele era investigado por supostos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
A 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal recebeu, nesta terça-feira (30/8), o relatório final sobre o caso, encaminhado pela PF. Nenhum dos envolvidos foi indiciado. Cabe ao Ministério Público Federal (MPF) decidir se o inquérito será arquivado ou se novas diligências serão realizadas.
Jair Renan e seu parceiro comercial Allan Lucena foram presenteados com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. O veículo foi fornecido pelo grupo empresarial Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, que um mês após a doação, em outubro de 2020, se reuniu com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, na companhia do filho do presidente.
A Superintendência da PF investigava a suposta associação de Jair Renan “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade”.
O influenciador digital também confirmou, em depoimento à PF em abril, que recebeu ajuda do lobista Marconny Faria, alvo da CPI da Pandemia, para criar sua empresa, a Bolsonaro Jr Eventos. Renan afirmou que pediu “dicas” a Marconny sobre como criar uma empresa, e teria recebido a orientação. Disse não se lembrar de mais detalhes nem saber quais seriam esses contratos.
Nesta terça, o repórter Aguirre Talento, do jornal O Globo, revelou que a PF indicou interferências da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas investigações.
Segundo a publicação, um integrante da agência foi flagrado, em março do ano passado, em uma operação cujo objetivo seria prevenir “riscos à imagem” do presidente da República. Trata-se de Luiz Felipe Barros Felix. Ele teria recebido a missão de levantar informações sobre o paradeiro do carro elétrico avaliado