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PF deu meia hora para Lula se entregar, diz Gleisi Hoffmann

Se ele não deixar sede do Sindicato dos Metalúrgicos, acordo com a corporação cairá e prisão preventiva poderá ser decretada

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1 de 1 WhatsApp-Image-2018-04-07-at-13.47.431 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Enviado especial a São Bernardo do Campo (SP) – Por volta das 17h50, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, subiu ao carro de som em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, para informar a militância as consequências de a multidão não liberar a passagem do ex-presidente Lula para ir ao encontro dos agentes federais incumbidos de cumprir sua prisão. Segundo ela, a Polícia Federal deu meia hora para que o político saia do local, ou o acordo firmado entre a corporação e a defesa de Lula cairá, podendo resultar em sérias consequências jurídicas. Entre elas, a possibilidade de a prisão preventiva do petista ser decretada pelo juiz federal Sérgio Moro.

“Vocês estão na mais absoluta liberdade, mas preciso conversar com vocês”, disse a senadora. “Não vim aqui pra induzir nenhuma decisão, vocês estão aqui de livre e espontânea vontade tentando proteger o presidente Lula. Tenho que dividir um problema. Vocês estão na mais absoluta liberdade, mas preciso conversar com vocês. A consequência pode ser para nós, que a polícia venha aqui dar paulada na gente”, alertou inicialmente. A senadora acrescentou em seguida que, do ponto de vista jurídico, “é alta”.”A Polícia Federal deu meia hora para a gente resolver essa situação” afirmou.

Inicialmente, o juiz Sérgio Moro estabeleceu que Lula deveria se apresentar às 17h de sexta-feira (6/4). Depois de um dia inteiro de negociações, ficou acertado que ele poderia participar de celebração em memória da ex-primeira-dama Marisa Letícia, na manhã deste sábado (6), e se apresentar até 15h30. Ele chegou a entrar em um carro e, por 10 minutos, tentou deixar a sede do Sindicato dos Metalúrgicos para ir ao encontro dos agentes federais, por volta das 17h. Precisou desistir, devido ao cordão humano formado pela militância.

Pouco antes de Gleisi Hoffmann ir conversar com os apoiadores, Lula teria tentado sair novamente do prédio, por um portão lateral, e foi impedido. Agora, além do cerco externo, há um grupo de simpatizantes formando outra barreira dentro da entidade sindical. Frente a isso, a presidente do PT foi ao carro de som e, agora, os militantes tentam votar se deixam ou não Lula se apresentar aos agentes federais, que seguem de prontidão em ruas próximas. Segundo Gleisi, se não cumprir o prazo, Lula pode ser responsabilizado.

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