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PF destrói maquinários em operação contra extração ilegal de madeira

Segundo a PF, madeira era coletada no Parque Indígena do Xingu. Grupo criminoso chegou a silenciar a comunidade indígena descontente

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Trator em chamas em terra indígena do MT - Metrópoles
1 de 1 Trator em chamas em terra indígena do MT - Metrópoles - Foto: Divulgação/Polícia Federal (PF)

A Polícia Federal (PF) concluiu, nesta sexta-feira (23/6), uma operação para combater os crimes de desmatamento, corte seletivo e furto de bem da União no Parque Indígena do Xingu (PIX), em Mato Grosso. Durante a Operação Prepori, a entidade destruiu tratores, maquinários e um caminhão toreiro.

De acordo com investigações da PF, uma organização criminosa composta por madeireiros locais e até mesmo líderes indígenas atuava no parque indígena.

O valor estimado da madeira coletada equivale a cerca de R$ 170 milhões. Além de lucrar com a prática ilegal, o grupo silenciava a comunidade indígena descontente.

Criado em 1961, o Parque Indígena do Xingu ocupa um território de 26 mil km² e engloba os municípios de Feliz Natal, Nova Ubiratã, Paranatinga e União do Sul – em Mato Grosso.

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Madeira ilegal coletada em parque indígena
Trator em chamas após operação da PF em parque indígena do MT
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Troncos de madeira coletadas em parque indígena do MT

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Madeira ilegal coletada em parque indígena

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Trator em chamas após operação da PF em parque indígena do MT

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Com ajuda de imagens de satélite, a PF constatou ocorrência de grande número de clareiras de extração recente de madeira em uma área degradada de cerca de 7,8 mil hectares. Também foram identificadas cicatrizes de queimadas na área.

A PF estima que o prejuízo da evasão e destruição de recursos florestais somado à degradação ambiental na terra indígena foi estimado em R$ 1,7 bilhão.

Foram encontrados pátios de desdobramento de lascas e palanques feitos de árvores de “grande valor” como: Itaúba, Morcegueira, Cambará e Angico. Todas as toras eram récem-cortadas.

“Após a ação policial e administrativa no Parque Indígena, as investigações prosseguirão para responsabilizar os financiadores e demais envolvidos na extração ilegal de madeira no território indígena, ação criminosa que provoca grandes danos ao meio ambiente e à população indígena da região, além do desequilíbrio no mercado financeiro”, diz trecho de comunicado.

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