PF deflagra operação contra quadrilha que fraudava auxílio emergencial
Trinta policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão em Macapá/AP e outro em Ciudad del Este, no Paraguai
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (20/7), a Operação Ego. O alvo é uma associação criminosa que fraudava o auxílio emergencial.
A operação policial é fruto do trabalho conjunto da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, do Ministério da Cidadania, da Caixa, da Receita Federal, da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União, instituições que participam da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (Eiafae).
Trinta policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão em Macapá/AP e outro em Ciudad del Este, no Paraguai. O cumprimento do mandado de busca e apreensão no Paraguai contou com o apoio do Ministério Público Paraguaio e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), por meio da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional da Polícia Federal, o Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça, da Adidância da PF no Paraguai.
A investigação apontou a existência de uma associação criminosa formada por quatro pessoas, alguns com vínculo familiar, residentes em Macapá/AP, responsáveis por utilizarem-se de 35 contas Caixa TEM de terceiros, de diversas localidades do país, entre 29 de maio e 8 de junho do ano passado, obtendo, pelo menos, mais de R$ 65 mil de forma fraudulenta.
A PF identificou que a quadrilha fazia o cadastro da conta-vítima no aplicativo Caixa TEM e, quando o recurso era disponibilizado (na conta-vítima), faz imediatamente pagamentos e transferências, como forma de camuflar a fraude, direcionando os valores, ao final das operações, para contas dos investigados. Quando as vítimas, que tinham seus dados usados pelos investigados, requeriam o benefício, descobriam que supostamente já tinham recebido.
No decorrer da investigação a PF identificou que um dos suspeitos foi morar no Paraguai e adotou as medidas necessárias de cooperação jurídica e policial internacional.
Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato majorado, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, cumprirão pena de até 20 anos de reclusão.
O nome da operação — Ego – remete à expressão do latim que indica aquele que só trata dos próprios interesses, desprezando necessidades alheias, sem compromisso moral e altruísta em relação ao próximo.