PF deflagra operação contra “coiotes” em esquema de migração ilegal
A corporação investiga atuação de criminosos que tentam levar estrangeiros até países como os EUA e o Canadá, por meio do Acre
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (9/7) a Operação Advenus II, que tem o objetivo de reprimir os crimes de promoção de migração ilegal e organização criminosa, no estado do Acre.
Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 2ª Vara Federal Cível e Criminal da Seção Judiciária do Acre.
A força-tarefa teve cerca de 20 policiais federais. Os alvos foram quatro residências e um estabelecimento comercial, localizados nos municípios acreanos de Rio Branco, Brasileia e Assis Brasil.
Investigação
As investigações começaram em fevereiro de 2021, por causa da aglomeração de centenas de estrangeiros, em sua maioria haitianos, na Ponte da Integração Brasil-Peru, que marca a fronteira entre o município brasileiro de Assis Brasil e a cidade peruana de Iñapari, onde permaneceram por quase 30 dias, até a desocupação pacífica.
Os migrantes, que pretendiam atravessar o Peru, a fim de seguir caminho para a América do Norte, haviam sido impedidos de ingressar naquele país pelas autoridades peruanas, as quais fecharam as fronteiras com o Brasil ainda no ano de 2020, devido à pandemia.
Em 26 de fevereiro de 2021, foi deflagrada a Operação Advenus I, com o cumprimento de 4 mandados de busca e apreensão, que levaram à obtenção de novas informações, culminando na deflagração da segunda fase da operação.
Conforme informações obtidas, a região é uma rota conhecida por migrantes que buscam chegar a países como EUA e Canadá. Criminosos no município se aproveitam da vulnerabilidade desses migrantes e, em troca de dinheiro, prometem auxiliar a travessia de maneira ilegal para o Peru, sem, contudo, mencionar a probabilidade de insucesso de empreitadas dessa natureza.
“Ainda que haja êxito em adentrar no território peruano, a mencionada rota é perigosa, e envolve trajeto difícil, sujeitando os migrantes a condições extremas, e acarretando risco de morte e outros infortúnios”, diz a PF.