PF cumpre 18 mandados de prisão contra tráfico internacional de drogas
Operação Airline investiga organização criminosa que atua a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas
atualizado
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A Polícia Federal cumpre, nesta terça-feira (6/7), 18 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de busca e apreensão como parte da Operação Airline. A investigação apura suspeitas de esquema de tráfico internacional de drogas praticado a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Entre os presos, há um policial militar e um policial civil. A PF calcula que o esquema já movimentou mais de meia tonelada de drogas para a Europa. Cumprem os mandados 40 policiais federais, cinco equipes do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP), a Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo e uma equipe da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Agentes encontraram um esquema que passava pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos e envolvia falsificação de documentos, como etiquetas de passageiros, de cargas, aquisição fraudulenta de diplomas de ensino superior, além de extorsão, extorsão mediante sequestro, corrupção ativa e passiva.
Operação Overload
A investigação é um desdobramento da Operação Overload, que constatou a existência de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas operando a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos. O esquema envolvia funcionários de empresas terceirizadas, de companhia aérea, integrantes das Forças de Segurança Pública e estrangeiros em solo europeu.
Como resultado da operação, 32 pessoas foram presas preventivamente, além de veículos e R$ 3 milhões. Após o prazo de 30 dias, no entanto, a Justiça não acolheu o pedido de prorrogação da prisão temporária e todos foram liberados.
A Operação Airline é um dos três desdobramentos da Operação Overload. O primeiro, intitulado AKE, resultou na prisão preventiva de sete pessoas. Todos continuam detidos. Já o segundo, Lavaggio, terminou com seis mandados de busca e apreensão cumpridos, além de sete ordens judiciais de bloqueio de imóveis, em Campinas e Monte Mor, cujo valor aproximado ultrapassa R$ 3 milhões.