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PF concentra buscas por Dom e Bruno onde objetos pessoais estavam

As buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira entram no 10º dia

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Polícia Federal faz busca na Amazônia no caso de indigenista e jornalista desaparecido
1 de 1 Polícia Federal faz busca na Amazônia no caso de indigenista e jornalista desaparecido - Foto: Material cedido ao Metrópoles

As buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira entram no 10º dia. A Polícia Federal concentra os esforços em áreas próximas ao Rio Itaquaí, onde objetos pessoais dos desaparecidos foram encontrados.

De acordo com informações da Polícia Federal, as buscas continuam em diversas frentes. O último contato com a dupla ocorreu no domingo, 5 de junho. O sumiço ocorreu na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso
A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros

Divulgação/Funai
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

Redes sociais/reprodução
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O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso

Erlon Rodrigues/PC-AM
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A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru

Arte/Metrópoles
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Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína

Adam Mol/Funai/Reprodução
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução

As buscas ao indigenista e ao jornalista reúnem a Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.

“Além dos esforços concentrados no referido local, as buscas continuaram em outras áreas do Rio Itaquaí, e as investigações continuam sendo realizadas de forma técnica, sem que esforços materiais e humanos sejam poupados para a completa elucidação dos fatos”, frisa a Polícia Federal.

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva, garante, em nota, que o órgão tem “trabalhado intensamente nas buscas” aos desaparecidos.

“A fundação apoia as buscas de forma incessante, desde que foi informada do desaparecimento, sendo que quatro embarcações são empregadas nos trabalhos, com o envolvimento de 14 servidores. Os pertences das vítimas foram encontrados com auxílio dos servidores da Funai em campo”, afirmou.

Desencontro de informações

Um desencontro de informações desencadeou uma série de reações. Na segunda-feira (13/6), o suposto resgate dos corpos de Dom e Bruno colocou as investigações em lados antagônicos.

A Embaixada do Brasil no Reino Unido informou aos parentes de Dom que corpos teriam sido encontrados. A Polícia Federal negou. A família de Bruno cobrou apuração do caso.

Dom e Bruno se deslocavam com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar entrevistas com os habitantes daquela região.

De acordo com relatos, o desaparecimento ocorreu no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

O que se sabe até o momento sobre as buscas:

  • A Polícia Federal investiga se estômago encontrado boiando no Rio Javari é humano.
  • A polícia analisa material genético localizado na lancha de Pelado, suspeito de envolvimento no desaparecimento.
  • Uma mochila com objetos iguais aos do jornalista e do indigenista foi achada no domingo (12/6).
  • De acordo com a esposa de Dom, Alessandra Sampaio, as equipes de buscas teriam localizado os cadáveres dos dois homens.
  • A informação foi revelada por ela ao jornalista André Trigueiro, do canal de notícias GloboNews.
  • Carteirinha do indigenista é apreendida pela PF no Amazonas.
  • O jornal britânico The Guardian, do qual Dom é colaborador, noticiou que os irmãos dele também foram informados da descoberta de dois corpos “amarrados a uma árvore em floresta remota”.
  • As informações teriam sido repassadas pela Embaixada Brasileira em Londres.
  • A Polícia Federal negou que tenha encontrado os corpos.
  • A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) afirma que Dom e Bruno continuam desparecidos.

Bolsonaro comenta

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar o caso. Após dizer que foi feita “alguma maldade” com a dupla, o chefe do Executivo local afirmou:

“Isso acontece em qualquer lugar do mundo. Acho que até os dois sabiam do risco que corriam naquela região. Os dois sabiam.” As declarações foram dadas em entrevista à imprensa, no Palácio do Planalto, em Brasília.

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