PF apreende US$ 35 mil e R$ 16 mil em espécie na casa de Mauro Cid
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid foi preso em operação da Polícia Federal por adulteração de registros de vacina
atualizado
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A Polícia Federal (PF) apreendeu, no âmbito da Operação Verine, US$ 35 mil e R$ 16 mil na casa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid. Os valores foram encontrados em um cofre.
A informação foi revelada pela colunista Bela Megale, de O Globo, e confirmada pelo Metrópoles. A operação deflagrada pela PF investiga associação criminosa acusada de inserir dados falsos de vacinação contra Covid-19.
A operação cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), suspeito de ter tido o cartão de vacinas dele e da filha, Laura, adulterados. O celular dele foi apreendido.
No total, são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Ao menos dois ajudantes de ordem e seguranças do ex-presidente acabaram presos. Um deles é o ex-policial Max Guilherme, ex-assessor especial de Bolsonaro, além de Mauro Cid e Sérgio Cordeiro, ex-assessor e segurança de Bolsonaro.
Outro assessor, Marcelo Câmara foi alvo de busca e apreensão. Todos viajaram para Orlando, nos Estados Unidos, com o ex-presidente, no fim de 2022.
Descoberta da adulteração
Conforme revelou a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, a adulteração do cartão de vacina de Jair Bolsonaro foi descoberta a partir da quebra de sigilo de mensagens do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid no inquérito das milícias digitais, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Cid trocou mensagens pedindo a contatos de Duque de Caxias (RJ) que fosse inserido um registro falso de vacinação para ele e para sua esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid.
Ao se deparar com essas mensagens, a Polícia Federal levantou os registros de Cid e descobriu uma adulteração feita por uma servidora da prefeitura, Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva. A partir daí, a investigação apurou que a mesma servidora, alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira (3/5), havia também alterado o registro do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Um registro na Rede Nacional de Dados em Saúde apontava que Bolsonaro teria se vacinado em 13 de agosto e em 14 de outubro de 2022 no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ). Logo antes da viagem de Bolsonaro para os Estados Unidos, em 27 de dezembro, Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva excluiu essa informação do sistema, registrando que teria acontecido um “erro”.