metropoles.com

PF aponta “terrorismo” em plano de execução de Lula, Alckmin e Moraes

Ação supostamente articulada por “kids pretos” do Exército e um PF pretencia evitar posse da chapa vencedora nas eleições de 2022

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
PF/Divulgação
Operação da Polícia Federal em Tocantins
1 de 1 Operação da Polícia Federal em Tocantins - Foto: PF/Divulgação

O plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB); e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, supostamente articulado por militares do Exército e um policial federal, alvos de operação nesta terça-feira (19/11), tinha características de “plano terrorista”.

Conforme relatado em decisão judicial que autorizou o cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão da Operação Contragolpe, o plano, chamado entre os supostos integrantes da organização criminosa de “Punhal Verde e Amarelo”, pretendia evitar a posse da chapa vitoriosa nas eleições de 2022 e atacar o Poder Judiciário.

A decisão foi dada pelo próprio Alexandre de Moraes. Na página 54, com base no relatório do inquérito da Polícia Federal, o texto diz o seguinte: “Possui características de um plano terrorista, no qual consta como missão a execução do ministro Alexandre de Moraes e os candidatos da chapa vencedora”.

Todos os detalhes que levaram ao desencadeamento da Operação Contragolpe foram recuperados de aparelhos eletrônicos do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid. A PF conseguiu reaver arquivos deletados por ele utilizando um software israelense. De acordo com o plano, as mortes de Lula, Alckmin e Moraes ocorreriam por envenenamento.

5 imagens
Coronel Hélio Ferreira Lima
Mário Fernandes
O tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira
Rodrigo Bezerra Azevedo
1 de 5

Lula, Moraes e Alckmin foram alvos de militares

Reprodução
2 de 5

Coronel Hélio Ferreira Lima

Reprodução
3 de 5

Mário Fernandes

Reprodução
4 de 5

O tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira

Reprodução
5 de 5

Rodrigo Bezerra Azevedo

Reprodução

 

“Copa 2022”: prisão e execução de Moraes

Um dos ápices do projeto de golpe e execução das autoridades teria ocorrido em dezembro de 2022, com ações de monitoramento, em Brasília, e “emprego de técnicas típicas de agentes de forças especiais”, diz o relatório da PF.

O plano previa, em 15 de dezembro de 2022, a realização da etapa chamada “Copa 2022”, que consistia, basicamente, em prender e executar o ministro Alexandre de Moraes.

Nessa data, especificamente, a investigação constatou o deslocamento de um prefixo telefônico, vinculado a um dos investigados, de Goiânia (GO) para Brasília, assim como do veículo particular do major Rafael Martins de Oliveira, que atendia pelo codinome “Joe”, e de, pelo menos, um veículo oficial do Batalhão de Ações de Comandos que seria utilizado na ação criminosa.

Mandados e alvos da Operação Contragolpe

No total, foram cumpridos, nesta terça-feira, cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas em ações no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Os alvos da operação são:

– general da reserva Mário Fernandes: foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL) e afoi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL), ex-ministro da Saúde, entre março de 2023 e março deste ano.

– tenente-coronel Hélio Ferreira Lima: comandava a 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus, e foi destituído do cargo em fevereiro deste ano;

– major Rafael Martins de Oliveira: major das Forças Especiais do Exército. Acusado de negociar com o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o pagamento de R$ 100 mil para custear a ida de manifestantes a Brasília;

– major Rodrigo Bezerra Azevedo;

– e o policial federal Wladimir Matos Soares.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?