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PF abre inquérito contra Bolsonaro por associar vacina da Covid à aids

Presidente será investigado pelos crimes de epidemia, infração de medida sanitária preventiva e incitação ao crime

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro depois de receber alta médica em SP
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro depois de receber alta médica em SP - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) abriu novo inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, a corporação investiga se o mandatário do país cometeu os crimes de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime.

Em outubro do ano passado, Bolsonaro relacionou, em sua tradicional live de quinta-feira, a vacina contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids).

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

Reprodução
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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles

“A tipificação penal inicialmente aventada pela Polícia Federal, com fulcro no Requerimento nº 01586/2021, é da prática, em tese, por parte do Chefe do Executivo Federal, Jair Messias Bolsonaro, dos crimes de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime, previstos nos artigos art. 267, 268 e 286 do Código Penal”, diz a portaria da PF, obtida pelo Metrópoles.

A investigação da Polícia Federal será conduzida pela delegada Lorena Lima Nascimento.

O inquérito foi instaurado a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que analisou solicitação do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que integrou a extinta Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.

Na live, Bolsonaro alegou que “relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rapidamente do que o previsto”.

Na mesma transmissão, o presidente da República afirmou, ao citar suposto estudo atribuído ao médico infectologista Anthony Fauci, chefe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) dos Estados Unidos, que “a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe de espanhola […], mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”.

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