“Não estávamos preparados”, diz Pezão sobre crimes no Carnaval do Rio
Foliões sofreram com sequência de assaltos e arrastões, principalmente na Zona Sul da capital fluminense
atualizado
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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, admitiu falha no planejamento de segurança durante o Carnaval. O feriado foi marcado por arrastões, assaltos, saques a supermercado, entre outros crimes, em diversas regiões da cidade, da Zona Sul até a Zona Norte.
“Não estávamos preparados. Houve uma falha nos dois primeiros dias e, depois, a gente reforçou aquele policiamento. Mas eu acho que houve um erro nosso. Não dimensionamos isso, considero ser sempre um aprimoramento, a gente tem de aprimorar”, alegou o governador a respeito dos episódios de violência durante a folia. As informações são do jornal O Globo.
Pezão afirmou que o governo também precisa ficar atento à segurança de outras cidades cariocas, além da capital fluminense. “Agora, a gente está tentando ver a segurança pública de Cabo Frio a Paraty. São 6 milhões e meio de pessoas na rua e com territórios ainda conflagrados. A Polícia Militar tinha uma boa parte do efetivo na Rocinha, onde a gente vem permanentemente atuando, e também na praça seca onde estava tendo uma guerra pelo tráfico ali entre a milícia e o tráfico. O policiamento nas vias expressas melhorou muito. Tanto na Linha Amarela quanto na Vermelha”, afirmou
O governador disse que uma equipe de segurança está reunida, neste momento, para fechar os dados das operações e apreensões realizadas durante o Carnaval.
No dia 12 de janeiro, Pezão e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, deram entrevista sobre planos de segurança para a folia no Rio. Jungmann disse, na ocasião, que não era favorável ao apoio das Forças Armadas na segurança porque “não há descontrole nem desordem no estado”. Para o titular da Defesa, o Rio enfrentou grandes eventos recentemente, sem a necessidade de recorrer aos militares.
O ministro descartou o uso das Forças Armadas depois de o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), anunciar que pediria tal apoio. Por lei, porém, o reforço só poderia ser requisitado por Pezão. Segundo o governador, ele não faria a solicitação.
“É muito justo que o prefeito se preocupe com a sua comunidade e efetivamente com o Carnaval, mas imagine vocês se nós viéssemos, por acaso, a atender solicitação do Rio, como é que ficaria a nossa posição diante de outras cidades, como Salvador, Recife, Olinda, Fortaleza e Natal, que também têm grandes carnavais e que, evidentemente, todos os prefeitos se preocupam com sua comunidade?”, disse Jungmann na ocasião.
Já Pezão afirmou na época que, “em nenhum momento, passou por nós pedir Forças Armadas”.”Tivemos o Réveillon com três milhões de pessoas aqui e vimos que não teve problema nenhum”, disse.
Pezão passou o Carnaval na casa de sua propriedade em Piraí, no sul fluminense. Já Crivella foi para a Europa. Em vídeo, o prefeito afirmou que o carnaval estaria “sob o controle”.
(Com informações da Agência Estado)