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Petrópolis: famílias buscam por jovem e criança para “enterro digno”

Pedro Henrique Braga, de 8 anos, e Gabriel da Rocha, de 17, desapareceram em ônibus que caiu em rio durante forte chuva em Petrópolis

atualizado

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Pedro Henrique Braga, de 8 anos, foi identificado pela família como o menino de mochila azul (canto direito)
1 de 1 Pedro Henrique Braga, de 8 anos, foi identificado pela família como o menino de mochila azul (canto direito) - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Há uma semana, as famílias de Pedro Henrique Braga, de 8 anos, e Gabriel da Rocha, de 17, buscam informações que possam ajudar a encontrar os dois, vítimas da forte chuva em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

Da última vez que os dois menores de idade foram vistos, eles estavam em cima de um ônibus que afundou em um rio da cidade imperial. Nos últimos dias, um grupo da família de Pedro Henrique se uniu com os parentes e amigos do adolescente para darem continuidade nas buscas pela dupla.

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Gabriel da Rocha, 17, foi uma das vítimas das chuvas de Petrópolis
O menino chega a um pneu no teto do ônibus, enquanto o veículo afunda
Mochila encontrada em rio pode ser de Pedro Henrique Braga
Pedro Henrique Braga, de 8 anos, foi identificado pela família como o menino de mochila azul (canto direito)
Nesse momento, o menino pula para o outro ônibus afundando no rio
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Pedro Henrique Braga está desaparecido desde as chuvas de fevereiro em Petrópolis

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Gabriel da Rocha, 17, foi uma das vítimas das chuvas de Petrópolis

Arquivo pessoal
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O menino chega a um pneu no teto do ônibus, enquanto o veículo afunda

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Mochila encontrada em rio pode ser de Pedro Henrique Braga

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Pedro Henrique Braga, de 8 anos, foi identificado pela família como o menino de mochila azul (canto direito)

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Nesse momento, o menino pula para o outro ônibus afundando no rio

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Nas imagens que circulam pelas redes sociais, Pedro é o menino que mochila, que tenta ir para a parte mais alta do ônibus. Gabriel é o de cabelos grandes e blusa preta, que tenta ajudar outros passageiros.

O tênis do adolescente foi encontrado pela família, e uma mochila, que segundo os parentes parece ser a pertencia a Pedro, também foi achada.

O pai de Gabriel, Leandro da Rocha, decidiu por conta própria e com o apoio da família, procurar pelo filho desde quando ele desapareceu. A família do menino de 8 anos já não tem mais esperança de encontrá-lo vivo. Agora, o maior desejo é achar o corpo para poder enterrar:

“Estamos empenhados não só para achar o corpo do Pedro, mas o do Gabriel também e de outras vítimas. Queremos encontrar os corpos para dar pelo menos um enterro digno. Eu já não tenho mais esperança de achá-lo com vida. Se alguém estivesse com o Pedro, já teriam avisado”, disse o tio da criança, Natan Gomes da Silva, de 33 anos, em entrevista ao Metrópoles.

Demora no DNA

Uma das maiores queixas da família de Gabriel era a falta de bombeiros nos rios. Com a repercussão das buscas, a ajuda se intensificou nos últimos dias. A avó do menino, Sonia Regina Braga, de 55, recebeu uma visita do Corpo de Bombeiros no último domingo (20/2):

“O Comandante dos Bombeiros esteve lá em casa e falou pra mim que estão com drone no rio, estão procurando com equipes no local, estão na busca por ele”, disse à reportagem.

Além de uma mochila que pode ser de Pedro, o corpo de uma criança também foi encontrado. Como estava irreconhecível, a mãe do menino fez o teste de DNA e aguarda pelo resultado, que pode sair daqui a sete dias.

“Estamos numa agonia danada para reconhecer o corpo. Eles deveriam agilizar essa parte dos exames. Já faz uma semana, ter que esperar mais sete dias pelo resultado é tempo demais”, disse o tio, Natan Gomes.

Empenho por adolescente

A família de Gabriel segue empenhada em achar o adolescente e outras vítimas. Nesta terça-feira (22/2), pelo menos 25 pessoas estão ajudando a procurar nos rios de Petrópolis.

“Nosso foco é encontrar não só o Gabriel, mas outras pessoas também. Claro que a gente ainda tem a esperança de achar alguém vivo, mas nossa prioridade mesmo é encontrar, pra ter a dignidade de ter um velório e não ficar desaparecido pra sempre. A gente não quer que isso aconteça com ninguém”, disse Camila.

Até o momento, o temporal em Petrópolis deixou 183 mortos. Deste número, 32 corpos são de crianças. Até o momento, outras 111 vítimas fatais são mulheres e os demais 72 são homens. As vítimas desaparecidas somam 89 moradores e os Bombeiros seguem no oitavo dia pelas buscas.

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