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Petrópolis: a corrida contra o tempo para levar doações aos atingidos

ONGs, igrejas e outras entidades têm se mobilizado para ajudar os desabrigados e outros atingidos por enchentes e deslizamentos na cidade

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Número de mortos em Petrópolis chega a 120 - A tragédia é consequência do temporal de terça-feira (15/2), que arrastou carros pelas ruas, derrubou casas e deixou rastro de destruição
1 de 1 Número de mortos em Petrópolis chega a 120 - A tragédia é consequência do temporal de terça-feira (15/2), que arrastou carros pelas ruas, derrubou casas e deixou rastro de destruição - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

De refeições a itens de higiene pessoal, organizações não governamentais (ONGs) se unem para levar o que for necessário para amparar famílias inteiras afetadas pelos deslizamentos e enchentes em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro.

Há cerca de uma semana, fortes chuvas caíram na cidade e deixaram rastros de destruição. Desde então, instituições se organizaram para arrecadar doações, de itens ou de dinheiro. A tragédia já deixou 193 óbitos, e ainda há dezenas de desaparecidos.

De acordo com a prefeitura, 853 pessoas estão abrigadas em 13 pontos de apoio montados em escolas da rede municipal. Igrejas e casas de familiares e amigos são outros locais onde pessoas que perderam suas casas se protegem.

A ONG Viva Rio já havia auxiliado Petrópolis e outras cidades de serra fluminense em 2011, quando outro desastre do tipo ocorreu. Na quinta (17/2), representantes da organização foram até ao município e lá organizaram o plano de ação: distribuir refeições e cestas básicas.

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A tragédia é consequência do temporal de terça-feira (15/2), que arrastou carros pelas ruas, derrubou casas e deixou rastro de destruição
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Chuvas deixaram rastro de destruição
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Caminhão saindo da Igreja Metodista de Vila Isabel com doações para Petrópolis

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Tragédia em Petrópolis já vitimou mais de 230 pessoas

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Moradores ajudam na procura por vítimas

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Número de mortos em Petrópolis chega a 193 - a tragédia é consequência do temporal de terça-feira (15/2), que arrastou carros pelas ruas, derrubou casas e deixou rastro de destruição

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Equipe de resgate em Petrópolis

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Morro da Oficina, um dos mais atingidos pela chuva

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Cachorros sendo resgatados em zona risco em Petrópolis

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Rastro de destruição

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Buscas por vítimas no Morro da Oficina, em Petrópolis

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Morro da Oficina tem novo risco de desmoronamento

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Bombeiros fazem buscas por sobreviventes no Morro da Oficina, em Petrópolis

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Pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no local, segundo a prefeitura

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Nesses últimos sete dias, moradores ajudaram nas buscas por vítimas

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Moradores também buscam familiares e objetos pessoais

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Uma boneca no meio dos escombros do Morro da Oficina, um dos locais mais atingidos

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Há rastros de destruição por toda a região

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As buscas por vítimas continuam

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Morro da Oficina é um dos locais mais atingidos pela forte chuva em Petrópolis (RJ)

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Rubem Cesar, superintendente da Viva Rio, conta que a estratégia adotada foi o pedido de doações em dinheiro, o que facilita a logística, pois os voluntários podem fazer as compras na própria cidade. Segundo ele, em 24h, a ONG arrecadou R$ 117 mil.

Com isso, o grupo compra cestas básicas e refeições, além de equipamentos de proteção aos voluntários que ajudam nas buscas, como botas, marretas, enxadas e lanternas. São 1.400 pessoas atendidas por dia. O foco é nas famílias que estão nos abrigos.

Quentinhas

A ONG realizou parceria com a Igreja Batista Atitude, que tem cozinha industrial. “Eles já estavam preparados para a produção de quentinhas, então a gente de cara chegou lá na quinta, conversamos e compramos 4 mil quentinhas. Eles têm capacidade de produzir 400 por dia, estão aumentando agora, para que chegue até 800”, conta. As 4 mil marmitas serão feitas ao longo de 10 dias.

A igreja possui um acordo com a Defesa Civil, que pega as refeições no templo e leva para os abrigos. Além disso, alguns voluntários da própria igreja levam as marmitas para pessoas que não estão necessariamente em abrigos.

Outra parceria foi com a Paróquia Santo Antônio – Alto da Serra. “Lá, eles têm capacidade para fazer 200 quentinhas por dia, então fechamos 2 mil quentinhas. O nosso diferencial é que a gente comprou carne e frango. No geral, quem leva cesta básica não leva estes produtos, porque são perecíveis. Comprando no supermercado da região, é possível”, conta Rubem Cesar.

SOS Serra

Outro exemplo é a SOS Serra, organização fundada por petropolitanos que apoia famílias em necessidade por meio de doações. Criada em 2021, a instituição foca agora em ajudar as vítimas dos deslizamentos.

A ONG está recebendo tanto doações de itens quanto de dinheiro, e funciona como um “centralizador” de recursos: ela recebe as doações em seu galpão em Petrópolis ou em pontos de coleta no Rio de Janeiro e envia tudo para instituições do município, que repassam aos moradores de seus respectivos bairros. Também recebe dinheiro via Pix e usa para comprar itens.

Desde o fim de semana, a SOS Serra informou que não precisa mais receber roupas, pois seu galpão não possui mais capacidade de armazenamento. Agora, os itens de maior necessidade são kit de limpeza, cestas básicas, ração para animais, fraldas, leite e arroz. Todo o trabalho de recebimento, separação e logística é realizado por voluntários.

Caminhão

A Igreja Metodista de Vila Isabel, zona norte do Rio, fez uma parceria com a Igreja Metodista Central de Petrópolis, que desde o temporal funciona como centro de distribuição para os abrigos.

Na sexta-feira, eles alugaram um carro tipo doblô para levar água, itens de higiene e mantimentos. Nessa terça-feira (22/2), o volume de doações foi tão grande que eles precisaram alugar um caminhão para transportar as 3 toneladas de doações.

“Conseguimos um caminhão por um preço em conta, e mesmo assim não foi o suficiente para levar tudo. As maiores necessidades em Petrópolis são comida, água, itens de higiene e roupa de bebê”, disse Alberto Saraiva ao Metrópoles, pastor da Igreja Metodista de Vila Isabel.

Por meio da comunicação direta com os abrigos e a prefeitura, a Metodista de Petrópolis atualiza os voluntários sobre os itens de maior necessidade que diariamente são retirados pelo Exército e por responsáveis dos abrigos.

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