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Petroleiros desafiam Justiça do Trabalho e iniciam greve em refinarias

A categoria informou, via redes sociais, que a greve dos petroleiros começou nos primeiros minutos desta quarta-feira (30/5)

atualizado

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RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Deposito BR – Transpetro
1 de 1 Deposito BR – Transpetro - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou, via redes sociais, que a greve da categoria começou nos primeiros minutos desta quarta-feira (30/5), apesar de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter considerado o movimento ilegal na véspera. “Não vamos arregar para a Justiça do Trabalho”, disse o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, em vídeo distribuído pela entidade. “A greve está mantida.”

Em comunicado da Federação, publicado depois de 1h, os funcionários “não entraram para trabalhar” em oito refinarias de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, Pernambuco. Também há paralisação, segundo a entidade, nos terminais de Suape (PE) e Paranaguá (PR).

Os petroleiros decidiram parar as atividades por 72 horas em solidariedade ao movimento dos caminhoneiros e para pedir a destituição de Pedro Parente do comando da estatal, entre outras reivindicações.

O TST tomou a decisão de declarar a greve ilegal por causa de sua “natureza político-ideológica”. O tribunal estipulou multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento da ordem.

Manifestantes
A paralisação pede às refinarias da Petrobras para operarem em sua carga máxima no intuito de evitar o aumento das importações de derivados e o fim da política de ajuste diários de preços, que vem facilitando a importação de combustíveis.

“Não haverá desabastecimento no país por causa da greve dos petroleiros. Os estoques estão cheios e não vamos parar a produção. Porém se nada for feito até o dia 12 de junho a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados vão declarar parada por tempo indeterminado”, informou o diretor da organização e presidente do Sindicato dos Petroleiros e Duque de Caxias, Simão Zanardi.

“Pedimos à população nesse momento que se una à greve dos petroleiros, pois é possível sim baixar o preço do diesel, da gasolina e do gás de cozinha”, afirmou Zanardi na porta da Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

Segundo o diretor da FUP Gerson Castellano, a entidade não havia sido comunicada oficialmente pelo TST até o final da manhã e criticou a posição da estatal, de se referir à greve como um movimento político. “Tudo nessa vida é política, como diz o Zé Maria (Rangel, coordenador geral da FUP). Estamos aqui defendendo a Petrobras, um bem do povo brasileiro”, disse o diretor.

FNP
A Federação Nacional dos Petroleiros, entidade sem vínculo partidário e que reúne cinco sindicatos da categoria, anunciou estar em greve por tempo indeterminado. Em vídeo, o secretário-geral da entidade e coordenador-geral do Sindipetro Litoral Paulista, Adaedson Costa, considera a decisão do TST política e arbitrária, e avisa que o movimento não vai ser suspenso.

“A greve não acabou. O judiciário junto com o governo querem acabar com a Petrobras. Querem acabar com o nosso plano de saúde e a nossa PL (Participação nos Lucros). A greve é justa, é contra a alta de combustíveis”, afirma em vídeo na página da entidade no Facebook.

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