Petrobras tem lucro de R$ 44,5 bilhões no 1º trimestre, alta de 3.718%
Explosão de lucros foi registrada na comparação com o número marcado no mesmo período do ano passado
atualizado
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A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado é maior que o R$ 1,16 bilhão marcado no mesmo período de 2021. Na comparação anual, a elevação foi de 3.718,4%.
A expectativa do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) era de que o lucro da Petrobras, no primeiro semestre deste ano, chegasse aos R$ 42,6 bilhões.
No trimestre, a receita de vendas ficou em R$ 141,641 bilhões, alta de 64,4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A escala no valor é ligada ao conflito na Ucrânia, que impulsionou aumento no preço do petróleo.
No primeiro trimestre deste ano, a estatal registrou a venda de 2,46 milhões de barris de petróleo e gás natural equivalente (boe) por dia. Os números são quase iguais ao patamar dos 2,45 milhões de barris do mesmo período do ano passado.
De acordo com o último balanço da estatal, a venda de derivados no primeiro trimestre teve escalada de 2% se comparado ao mesmo período do ano passado. A comercialização da gasolina teve alta de 17,3%; já o diesel sofreu 2,1% de queda.
Crítica de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar duramente a Petrobras na noite desta quinta-feira (5/5) – pouco antes do comunicado da empresa com os resultados ser distribuído. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo disse que é um “crime” e um “estupro” a empresa ter lucro “abusivo” em períodos de crise. “Faço um apelo: Petrobras, não quebre o Brasil”, disse Bolsonaro, bastante irritado.
“Eu não posso entender a Petrobras, durante crise da pandemia e a guerra lá fora, faturar horrores. O lucro da Petrobras é maior que a crise. Isso é um crime, é inadmissível”, afirmou Bolsonaro.
Na live, o chefe do Executivo federal apelou para que a petroleira não anuncie um novo reajuste nos preço dos combustíveis, pois o “momento é de guerra”, e o país pode “quebrar”.