Petrobras reajusta gás de cozinha em 6,7% com nova política de preços
Produto era o único da empresa para o qual não havia fórmula de cálculo. Presidente da estatal prevê aumento de R$ 1,25 na média nacional
atualizado
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A Petrobras divulgou nesta quarta-feira (7/6), no Rio de Janeiro, a nova política de preços para o Gás Liquefeito de Petróleo comercializado em botijões de 13 kg (GLP-P13), conhecido como gás de cozinha. O produto era o único da empresa para o qual não havia fórmula de cálculo. A mudança aumentará o preço médio nas refinarias em 6,7% em junho.
“A média para este mês é de 6,7% e a gente prevê que tenha um impacto de 2,2% no botijão e R$ 1,25 na média Brasil, conforme os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo)”, explica o presidente da Petrobras, Pedro Parente. “A composição do preço do botijão hoje é em torno de 25% de realização Petrobras, 20% de impostos e 55% é a margem de distribuição e revenda; a nossa previsão é que ele passa a ser 26% para a Petrobras, mantendo os 20% dos impostos e uma pequena queda na margem de distribuição e revenda para 54%”, acrescenta.
A vigência dos preços será aplicada a partir do dia 5 de cada mês, com início previsto para este mês de junho, quando o reajuste será aplicado, excepcionalmente, a partir do dia 8.
De acordo com o presidente da estatal, a política, aprovada na terça-feira (6) pela diretoria executiva da estatal, segue a resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que determina a comercialização da embalagem destinada a uso doméstico a preços inferiores às demais apresentações.
Parente explica que, com isso, a empresa completa o ciclo de definição de políticas para os produtos da companhia, garantindo a previsibilidade de preço.
Variação
“Em relação ao consumidor final, podemos dizer que, a exemplo do que está acontecendo com a gasolina e com o diesel, nós vamos seguir rigorosamente a referência utilizada, significando dizer que, assim como pode subir [o preço], também pode cair. A gente fala com a autoridade de quem, desde outubro, fez sete reajustes e cinco foram de redução de preço. Isso também pode ser vantajoso para a consumidor, dado que nós vamos seguir uma referência que sobe e que desce”, afirmou.
O diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, explica que o cálculo não terá como referência a paridade de preços internacionais e está alinhado com os parâmetros do Planejamento Estratégico 2017/2021.
Penalidade
Representante das empresas distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP), o Sindigás, classificou como positiva a iniciativa da Petrobras de estabelecer uma política de preços do combustível para fim residencial que atrela os valores internos aos praticados na Europa. Acrescenta em nota, no entanto, que os preços cobrados dos consumidores residenciais estão 15% abaixo da paridade internacional, enquanto para os segmentos comercial e industrial estão cerca de 50% acima da paridade internacional
A expectativa do Sindigás é que o reajuste de 6,7% que passa a valer na quinta-feira, 8, representará um aumento para o consumidor final de 5% a 9%. “O impacto da nova política de preços pode variar bastante entre os polos de abastecimento, dado que as componentes de custo que formam o preço final ao consumidor são muitas, além do valor de compra do produto nas refinarias”, disse a nota.