Petrobras e empresas privadas investem R$ 45 bi para a produção de gás
Petrobras e duas empresas privadas irão produzir gás natural equivalente ao consumo atual de todo o estado de São Paulo
atualizado
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A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (8/5), ao lado das empresas Equinor e Repsol Sinopec, o investimento de US$ 9 bilhões, aproximadamente R$ 45 bilhões, para produção de gás natural na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro.
O bloco exploratório formado pelas três empresas é responsável pelo projeto conhecido como BM-C-33. Com o novo investimento a expectativa é de que seja explorado um volume de gás comparado ao que é consumido atualmente pelo estado de São Paulo.
O BM-C-33 está localizado a cerca de 200 km da costa do Rio de Janeiro e possui uma lâmina d’água de cerca de 2,9 mil metros de profundidade. A expectativa é de que o empreendimento seja o primeiro a tratar com o gás offshore a ser conectado à rede nacional com todo processamento realizado no ambiente marinho.
“O BM-C-33 é um dos principais projetos do país para trazer novos suprimentos de gás nacional, sendo um dos principais contribuintes para o desenvolvimento do mercado brasileiro de gás. O gás exportado do projeto pode representar 15% da demanda brasileira total de gás no start up”, declarou Veronica Coelho, gerente nacional da Equinor no Brasil.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), que participou das negociações, declarou que o valor será destinado à criação da plataforma de exploração mais moderna do mundo.
“Estamos falando de uma plataforma extremamente moderna, em um poço importante do ponto de vista do gás, que conseguirá trazer para a costa brasileira 14 milhões de m³ de gás por dia”, destacou o ministro.
O BM-C-33 é baseado em um Floating Production Storage and Offloading Unit (FPSO, Unidade Flutuante de Armazenamento e Descarregamento de Produção), capaz de processar gás e óleo/condensado e destinado para venda sem a necessidade de posterior processamento on-shore.
A empresa norueguesa Equinor é responsável por 35% do bloco BM-C-33, a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%).