Petista diz que partido não abre mão de R$ 145 bi na PEC da Transição
Deputado José Guimarães ressaltou que lideranças da sigla devem se encontrar com Lula no fim desta quinta para debater votação da PEC
atualizado
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Após mais um adiamento na análise da PEC da Transição, o deputado federal José Guimarães (PT-CE), vice-líder do PT na Câmara, afirmou, nesta quinta-feira (15/12), que o Partido dos Trabalhadores não vai renunciar à proposta apresentada, que inclui o valor de R$ 145 bilhões acrescidos ao teto de gastos por dois anos para custear o Bolsa Família de R$ 600.
Nesta quinta, após horas de negociações sem resultado positivo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que a votação da matéria na Casa ocorrerá apenas na próxima terça-feira (20/12).
De acordo com Guimarães, as articulações desta tarde não foram suficientes para chegar a um consenso pela apreciação da matéria. A ideia do partido e de siglas aliadas era de iniciar a votação da PEC ainda nesta quinta.
“Com as articulações que foram feitas, com o diálogo que foi feito, não foi possível votar essa matéria tão urgente para o país. O nosso governo quis, quer e continua com a mesma posição de votar a matéria no dia de hoje. Isso não significa qualquer posição de enfrentamento com as demais forças políticas”, afirmou Guimarães.
De acordo com o parlamentar, lideranças do partido encontrarão o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda nesta quinta, para “buscar um entendimento que possa levar à votação”.
Guimarães ressaltou que o partido não abre mão do valor de R$ 145 bilhões acrescidos ao teto de gastos por dois anos para custear o Bolsa Família de R$ 600.
“É o mínimo que temos fazer para dar segurança alimentar aos milhões de brasileiros”, concluiu.
Novo cronograma
De acordo com Lira, após a votação da PEC na terça, as Casas devem analisar o Orçamento de 2023 na quarta-feira (21/12).
“Hoje seguiremos com a pauta normal, votação na terça-feira da PEC e alguma matéria remanescente, e na quarta-feira o Orçamento e a finalização do ano legislativo, se Deus quiser com muita tranquilidade”, disse.