“Pessoal na Economia só tem cifrão na frente dos olhos”, diz Bolsonaro
Presidente participou de formatura de novos policiais e comentava nomeação de aprovados em concurso público da Polícia Federal
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta segunda-feira (14/12), que se empenhou para garantir a nomeação de aprovados em concurso público da Polícia Federal. Ao comentar o trabalho para nomeação dos servidores, ele alfinetou a pasta comandada pelo ministro Paulo Guedes.
“Nós nos empenhamos, junto à Economia, o que não é fácil. Pessoal lá só tem cifrão na frente dos olhos. Mas chegou esse momento”, disse.
A nomeação também foi saudada pelo diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza, que afirmou que a corporação tem muito a comemorar e a agradecer ao presidente Bolsonaro. Segundo Rolando, o efetivo da Polícia Federal irá para 13 mil em 2021, um recorde histórico.
Bolsonaro participou de solenidade de encerramento dos cursos de formação profissional de delegados e peritos da Polícia Federal. O evento também contou com a participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), escrivão da PF, do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, e do secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia.
No discurso, Bolsonaro também elogiou o trabalho da Polícia Federal e disse que todo chefe do Executivo tem policiais federais ao seu lado.
“O Brasil reconhece o trabalho de vocês. Vocês nos dão esperanças. Em parte, vocês são os responsáveis por eu estar aqui. Por duas ocasiões: por um momento quase trágico e, outro, por acordar a sociedade que o bem não será vencido pelo mal”, afirmou.
Durante a campanha presidencial de 2018, Bolsonaro contou com apoio de integrantes da Polícia Federal, que se alinharam ao discurso do então candidato.
“Ouso até dizer que todo chefe de Executivo tem alguns PFs do seu lado. Porque só assim a certeza que a missão será cumprida”, continuou Bolsonaro. “Cada vez mais nos façam nos orgulhar de vocês”, finalizou.
Interferência na PF
Ao deixar o governo, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro acusou o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal. Moro acusou Bolsonaro de querer trocar o então diretor-geral, Maurício Valeixo, para proteger seus familiares e aliados de investigações.
As acusações do ex-ministro deram origem a um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
O chefe do Executivo nacional havia dito no fim de novembro, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), que optou por não prestar depoimento. Mas o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, afirmou que não cabe a Bolsonaro determinar como será ouvido e mandou a decisão sobre o formato do depoimento para o plenário da Corte.