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Pesquisa mostra que 40% dos brasileiros viram renda familiar cair

O levantamento questionou brasileiros sobre gastos e dívidas no primeiro trimestre de 2022

atualizado

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mãos de uma pessoa idosas seguram moedas
1 de 1 mãos de uma pessoa idosas seguram moedas - Foto: Getty Images

De acordo com o Consumer Pulse Study, levantamento realizado pela TransUnion, empresa global de informações e insights, no primeiro trimestre de 2022, 40% das consumidores apontaram que a renda familiar diminuiu, enquanto 34% disseram que permaneceu estável e 26% declararam aumento.

Os principais fatores de perda de receita alegados  foram o desemprego e a redução do salário causados pela pandemia de Covid-19. A pesquisa entrevistou 1.056 brasileiros.

As famílias de menor renda – de receita mensal inferior a R$ 1.000 – são as mais impactadas, com mais da metade (53%) desse grupo indicando que a renda familiar havia diminuído no último trimestre.

Isso se compara a 38% das famílias de classe média (renda mensal entre R$1.000 e R$5.000) no mesmo tópico. Enquanto 35% das famílias de renda média-alta (receita mensal entre R$5.000 e R$10.000) e 24% das pessoas de classe mais alta (acima de R$10.000) reportam a diminuição de renda familiar no mesmo período.

Embora tenha sido registrado uma leve melhora em relação ao trimestre anterior, a preocupação com a capacidade de pagar contas e empréstimos integralmente permaneceu alta, com 77% de todas as pessoas expressando atenção ao tema, abaixo dos 79% no quarto trimestre de 2021.

De forma encorajadora, 13% das pessoas entrevistadas indicaram que alguém em sua casa havia começado um novo negócio, além dos 11% que relataram um aumento salarial e 7% iniciaram um novo emprego no último mês.

Mudanças no orçamento transforma gastos

Quase metade das pessoas entrevistadas afirmaram esperar reduzir suas despesas extras (como jantar fora, viagens, entretenimento, entre outros) para lidar com as mudanças no orçamento. Além disso, 43% indicaram que diminuiriam as despesas com grandes compras, como eletrodomésticos e carros.

Além das mudanças no orçamento familiar, o comportamento dos gastos da população brasileira também pode ser influenciado por outros fatores. Oito em cada 10 consumidores (84%) disseram que estão fazendo mudanças nos gastos devido à inflação, e 97% de todas as pessoas entrevistadas estavam pelo menos um pouco preocupados com a inflação.

Somado a disso, mais da metade das pessoas pesquisadas (56%) indicaram que o aumento das taxas de juros teve um grande impacto sobre a decisão de solicitar crédito nos próximos 12 meses, e outros 31% disseram terem tido um efeito moderado em seus planos de solicitar crédito.

Apesar dessas preocupações, 38% da população brasileira disse que solicitará um novo crédito ou refinanciamento no próximo ano, o que representa um aumento de três pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2021.

Dentro deste número, os Millennials e a Geração X foram as gerações com maior intenção de buscar novos créditos, ambas com 42%, seguidas de perto pela Geração Z com 40%. Já os Baby Boomers estão menos propensos do que as outras gerações a terem planos de pedir um novo crédito, com 30%

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