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- Foto: Guilherme Prímola/Metrópoles
Pesquisa do Instituto FSB, encomendada pelo BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira (30/5), mostra que, após a saída de João Doria (PSDB) da corrida presidencial, cresceu a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) nas intenções de voto. No cenário estimulado — quando os candidatos são apresentados para os eleitores –, o petista alcançou 46%, cinco pontos percentuais a mais que no último levantamento, enquanto Bolsonaro manteve os 32%.
Na estimulada para o primeiro turno, atrás de Lula e Bolsonaro, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 9%, seguido de Simone Tebet (MDB), com 2%, e André Janones (Avante), 1%. Felipe D’Ávila (Novo), José Maria Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Luciano Bivar (União Brasil) e Leonardo Péricles (UP) somaram 1%.
Do total, 5% declararam que não votariam em ninguém, enquanto 2% optariam por branco ou nulo. Já 1% não soube ou não respondeu.
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No cenário estimulado, Lula atinge 46% e Bolsonaro mantém 32% no primeiro turno
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Na pesquisa espontânea, Lula aparece com 41% e Bolsonaro tem 29%
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Avaliação do governo Jair Bolsonaro se manteve estável
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50% considera o governo ruim ou péssimo
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Espontânea
Na pesquisa espontânea, que não indica as opções de voto para os eleitores, a diferença entre o petista e o presidente é menor. Lula aparece com 41%, enquanto Bolsonaro marca 29%. Ainda foram citados Ciro Gomes, com 3%, e Felipe D’Ávila e Simone Tebet, que tiveram 1% cada. Os outros candidatos somaram 2%.
Os que não souberam ou não responderam somam 13% e 3% afirmaram que votariam em branco ou nulo. Já 6% não votariam em ninguém.
Aprovação do governo
Assim como a intenção de voto, a avaliação do governo Bolsonaro ficou estável: 29% de ótimo/bom, 20% de regular e 50% de ruim/péssimo. A avaliação do desempenho pessoal do presidente também ficou estável, com 35% de aprovação e 60% de desaprovação.
A pesquisa foi feita de sexta-feira (27/5) a domingo (29/5), com 2 mil entrevistados. De acordo com o instituto, a margem de erro é de dois pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-03196/2022.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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Você sabe como é feita uma pesquisa eleitoral? Veja o vídeo mais recente do Metrópoles Explica:
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