Pesquisa: Bolsonaro tem menor aprovação desde início do mandato
Segundo levantamento da XP, apenas 30% dos brasileiros consideram o atual governo ótimo ou bom
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), teve um recuo no índice de popularidade no mês de março, chegando ao menor valor desde o início de seu mandato. De acordo com pesquisa produzida pela XP Investimentos em parceria com o Ipespe, apenas 30% dos brasileiros consideram o atual governo ótimo ou bom.
O índice caiu 4 pontos porcentuais em comparação ao mês passado. Já entre os que consideram o mandato ruim ou péssimo, o número manteve-se em 36%. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Consideram o governo razoável 31% dos entrevistados. Em fevereiro, eram 29%. A pesquisa consultou 1 mil pessoas entre os dias 16 e 18 de março. Não souberam ou não quiseram responder 3% dos consultados.
A queda na popularidade do presidente ocorre simultaneamente à aplicação das primeiras iniciativas do governo contra a pandemia de coronavírus.
Nesse quesito, apenas 40% da população concordam com a reação do executivo nacional sobre a Covid-19. Quase que a totalidade dos brasileiros acreditam que a economia vai sofrer impactos com o novo vírus, representando 92% dos entrevistados.
Na pesquisa, 70% dos entrevistados responderam que estão com muito medo do coronavírus e 83% disseram já ter tomado medidas de prevenção em suas residências e rotinas familiares. Ainda, 76% acreditam que sofreram impactos no bolso pelos próximos meses.
Ministro da Saúde
Apesar da baixa aprovação de Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, está bem-visto entre os brasileiros, com 56% das pessoas avaliando a atuação do chefe da pasta como positiva. Em contraposição, o ministro da economia, Paulo Guedes, é bem-aceito por somente 32% dos entrevistados.
Segundo a pesquisa, quase metade da população, 48% dos entrevistados, considera que a economia está no caminho errado. O índice cresceu 8 pontos porcentuais em relação ao mês de fevereiro, quando 40% tinham essa avaliação.
Sobre o direcionamento das pautas do Congresso Nacional, 61% acreditam que é preciso adotar medidas de estímulo ao combate à doença, enquanto 24% acham que a aprovação da agenda anterior é prioridade. Além disso, 22% da população acrescentam que o desempenho do Congresso vai piorar.
Nesta sexta-feira (20/03), o Senado aprovou que o país decrete situação de calamidade pública em razão da doença. A iniciativa permite que o governo flexibilize a meta fiscal.