Pesando 200 kg, jovem diabético e hipertenso vence a Covid-19 no Rio
Athayde Silva de Souza, morador de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, recebeu alta após se recuperar da infecção pelo coronavírus
atualizado
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Rio de Janeiro – Contrariando as indicações clínicas, Athayde Silva de Souza, de 26 anos, paciente com três graves comorbidades, recebeu alta após um mês se recuperando das complicações provocadas pela Covid-19.
Morador de Belford Roxo na Baixada Fluminense, Souza é diabético, hipertenso e obeso mórbido – ele pesa cerca de 200 kg. Segundo o pneumologista, Fábio Cavalcanti Cysneiros, do Hospital Municipal de Belford Roxo, os obesos têm as defesas bem reduzidas. E com a doença viral, ficam com todos os órgãos mais ainda mais inflamados.
“O Athayde ficou 10 dias no setor de pacientes estáveis. Porém, teve uma piora no quadro, chegando a saturar 72. Com isso, o transferimos para o setor de UPG (unidade de pacientes graves) e entramos com medicação, todo o protocolo e fisioterapia não precisando ser intubado”, explicou o médico.
Enquanto esteve internado, ele também contraiu infecção hospitalar.
“A vontade de se curar do Athayde foi muito grande, sempre alegre e confiante, e isso é importante para um paciente que contraiu a doença. Em muitos casos, o psicológico piora o imunológico, o que não ajuda no tratamento. Essa alta significa uma vitória para ele, mas também para toda a equipe do hospital”, finalizou.
Muito emocionado, o jovem deixou o hospital acompanhado de sua esposa, Leilane Carvalho.
“Todos na unidade me acolheram e nos tornamos uma família. Serei eternamente grato. Essa vitória é de todos nós, pois minhas forças para melhorar veio junto com a vontade da equipe. Eu venci a Covid -19”, ressaltou Souza.
“Foram dias angustiantes que finalmente chegaram ao fim graças a essa equipe maravilhosa. Agora estou em paz”, acrescentou Leilane.
Para o secretário especial de Coordenação dos Médicos, Carlos Morelli, esse foi um momento histórico para o município. “É uma vitória para o paciente e equipe médica, pois esses vários fatores de comorbidades iam de contramão às estatísticas”, resumiu.