Pertence será velado no STF nesta segunda; sepultamento será à tarde
Nomeado no STF em 1989, Sepúlveda Pertence permaneceu na Corte até 2007. Ele morre neste domingo (2/7), em Brasília (DF)
atualizado
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O velório do ex-ministro Sepúlveda Pertence será no Salão Branco do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir das 10h desta segunda-feira (3/7). Já o sepultamento será às 16h30 no Cemitério Campo Esperança – Ala dos Pioneiros, em Brasília. Pertence, de 85 anos, morreu na madrugada deste domingo (2/7). O jurista estava internado desde 19 de junho no Hospital Sírio-Libanês, na capital federal, e sofreu falência múltipla dos órgãos.
Natural de Minas Gerais, Sepúlveda foi indicado ao Supremo em 1989 pelo então presidente da República, José Sarney. Entre 1995 e 1997, ele assumiu a presidência da Corte, da qual se aposentou em 2007. Desde então, dirigia um escritório de advocacia, no Lago Sul.
O ex-ministro foi procurador-geral da República antes de ser indicado por Sarney ao Supremo. Em 2018, ele integrou a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a convite de Cristiano Zanin.
A informação da morte foi comunicada pelos filhos de Sepúlveda, Pedro Paulo, Evandro Luiz e Eduardo José Castello Branco Pertence.
“Com um aperto no coração, mas cientes do caráter inexorável do destino, informamos que nosso amado pai, Sepúlveda Pertence, faleceu na madrugada deste domingo, no Hospital Sírio-Libanês, onde estava internado há mais de uma semana.”
História
José Paulo Sepúlveda Pertence nasceu em Sabará, Minas Gerais, em 21 de novembro de 1937. Ele casou-se com Suely Castello Branco Pertence, falecida em outubro de 2016.
Tornou-se bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1960. Passou em primeiro lugar no concurso do Ministério Público do Distrito Federal em setembro de 1963, e exerceu as respectivas funções até outubro de 1969, quando foi aposentado pela Junta Militar.
Em março de 1985, ele foi nomeado procurador-Geral da República, exercendo cumulativamente as funções de Procurador-Geral Eleitoral e de membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.
Em 1989, foi nomeado pelo então presidente, José Sarney, para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga deixada pelo ex-ministro Oscar Corrêa. Aposentou-se no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, a pedido, em 17 de agosto de 2007.