Perito aponta furos nos depoimentos de PMs suspeitos de matar jovens no Rio
Edson Arguinez Júnior, 20 anos, e Jordan Luiz Natividade, 17, estavam em uma moto em movimento quando policiais dispararam contra eles
atualizado
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Em depoimento à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), os policiais militares Jorge Luiz Custódio e Júlio Cesar Ferreira dos Santos afirmaram que não efetuaram disparos de arma de fogo no momento em que Edson Arguinez Júnior e Jhordan Luiz Natividade foram assassinados no domingo (13/12). O perito da Polícia Civil Ricardo Molina contesta a versão dos suspeitos.
A pedido do jornal Extra, Molina analisou as imagens das câmeras de segurança do local da abordagem e conclui que pelo menos um dos militares atirou. Segundo ele, é possível observar na gravação um clarão no momento em que os jovens passam de moto por um dos policiais, que estava no meio da rua.
Veja o vídeo do momento do crime:
“O clarão projetado a partir do cano é típico. Observe-se que tal clarão é bem nítido, não havendo qualquer outra explicação para um fenômeno luminoso de tão curta duração que não fosse um disparo”, afirmou o perito.
A Corregedoria da PM de Belford Roxo (RJ) afirmou aos investigadores, que Jorge Luiz e Júlio Cesar não efetuaram qualquer disparo de arma de fogo na ocasião do assassinato, uma vez que não houve justificativa de uso de munição pelos militares.
A fim de confirmar o depoimento da Corregedoria, o delegado encarregado pela investigação, Uriel Alcântara, solicitou à unidade que os PMs suspeitos são lotados, na segunda-feira (14/12), acesso aos livros de controle de armamento.