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Perícia da PF contradiz condenação de golpista do 8/1 feita por Moraes

Depois de petição da defesa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) zerou os votos já computados e julgamento será reiniciado

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal - Metrópoles
1 de 1 Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Uma perícia da Polícia Federal (PF) atesta que Eduardo Zeferino Englert, um dos réus acusados de envolvimento nos ataques golpistas de 8 de janeiro, chegou em Brasília às 14h15 daquele dia. A informação contradiz a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. De acordo com o magistrado, Englert teria chegado à capital federal no dia 7/1 e ficado no acampamento bolsonarista montado em frente ao quartel-general do Exército até o dia seguinte. 

O Laudo do Instituto Nacional de Criminalística da PF tem como base as coordenadas geográficas registradas no celular apreendido com Englert, mas, segundo o perito criminal federal Leandro Bezerra Di Barcelos, os dados registrados a partir de aplicativos como Waze, Uber, WhatsApp, Telegram e Signal podem identificar o local de outro aparelho celular ou ainda um de um local selecionado de forma manual pelo usuário.

“Dessa forma, recomenda-se parcimônia na utilização desta informação, sendo necessário agregar outros elementos para a confirmação da localização do equipamento questionado”, afirma Di Barcelos. 

De acordo com o relatório, assinado no dia 24 de agosto, Eduardo Englert saiu de Santa Maria (RS) no dia 6/1 e até as 22h23 do dia 7/1 ainda estava no município de Ourinhos (SP). Ele passou pelo município de Santo Antônio do Descoberto (GO) às 13h54 do dia 8/1 e só depois chegou à Brasília.

Englert havia sido condenado a uma pena de 17 anos. No último dia 31, a defesa dele alegou que, ao contrário do que o ministro apontou na decisão pela condenação, o réu nunca esteve no acampamento bolsonarista montado em frente ao quartel-general.

No último domingo (5/11), após a petição da defesa, Alexandre de Moraes zerou os votos já computados. Um dia depois, na segunda-feira (6/11), o caso foi reincluído no plenário virtual com data prevista para o dia 17 de novembro.

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