“Perfil encantador”, diz gerente de bar sobre “Playboy do golpe”
Golpe foi aplicado em Palmas (TO), dois dias após Ruan Pamponet Costa fingir mal-estar para não pagar conta em Goiânia (GO)
atualizado
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Perfil “encantador”. Foi assim que a gerente do bar Dona Maria Beach, em Palmas (TO), vítima do “Playboy do golpe“, Ruan Pamponet Costa, definiu o homem. De acordo com Sara Silva, o rapaz de 28 anos ficou por cerca de cinco horas no estabelecimento comendo e bebendo e, ao final, se recusou a pagar a conta no valor de R$ 5,2 mil. Ele também é suspeito de aplicar o golpe em outras unidades da Federação, incluindo o Distrito Federal.
Ruan foi preso pela segunda vez na última quinta-feira (21/4) após dar o calote no bar localizado na orla da Praia da Graciosa, um dos principais pontos turísticos da capital tocantinense. O homem aplicou o golpe dois dias depois de fingir mal-estar em outro bar, desta vez em Goiânia (GO), para deixar de pagar a conta com valor superior a R$ 6 mil. Ele chegou a ser preso, mas foi solto logo depois.
Pedidos luxuosos
Em Palmas, Ruan dividia a mesa de bar com outras pessoas. Os pedidos incluíram frutos do mar, garrafas de whisky de até R$ 1,5 mil, gin importado, energéticos e cervejas.
A gerente afirmou que o golpista era agradável e educado com os garçons e se manteve calmo até mesmo na hora de dar o calote. “Tem um perfil consideravelmente encantador porque ele tem postura, é um cara de postura, fala muito bem. Em nenhum momento, demonstrou agressividade. Então, ele não demonstrava perigo”, disse ela à TV Anhanguera.
“A gente, na verdade, queria fechar a conta pela desconfiança, mas usamos esse argumento de troca de turno para ser uma coisa que não constrangesse. Aí ele pediu para falar comigo, veio com o garçom e pediu para falar com a gerência. Os meninos começaram a questionar porque ele não queria pagar a conta. Pensamos: ‘Tem alguma coisa errada aí’. Foi quando a gente lembrou que estava se falando dessa reportagem do cara que passou mal em Goiânia para não pagar a conta de R$ 6 mil. O garçom começou a pesquisar, encontrou fotos e veio mostrar: ‘Olha, Sara. Olha a tatuagem’. Eu olho para o braço, as mesmas tatuagens. Aí falei: ‘É ele, não tem jeito’”, disse a gerente.