Perdida na mata: conheça a cidade com pior qualidade de vida do Brasil
Município na fronteira com a Venezuela tem alta mortalidade infantil e pequena parcela da população empregada
atualizado
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O município de Uiramutã, no Estado de Roraima, tem a pior qualidade de vida no Brasil. A pontuação apurada pelo Índice de Progresso Social (IPS) é de 37,63, em uma escala que vai até 100. É a menor entre todas as 5.569 cidades brasileiras.
Uiramutã fica a cerca de 360 km da capital, Boa Vista. Na fronteira com a Venezuela, a cidade foi criada em 17 de outubro de 1995. A localidade é rica em belezas naturais. O site da prefeitura local exibe uma série de paisagens, dentre campos e cachoeiras.
O pior quesito na cidade de 13.751 habitantes, conforme o Censo do IBGE de 2022, é moradia, com nota 10,47. Coleta de lixo, iluminação adequada, pisos e paredes adequados tiveram todos eles classificação vermelha.
O acesso ao ensino também é muito baixo, conforme o levantamento: 13,47. Os direitos individuais também são uma temática de baixa pontuação: 35,41. Atendimento pela Justiça e ações para as minorias também são temas problemáticos.
A saúde também é uma temática em que a cidade vai muito mal. A cada mil nascimentos, há 25 óbitos. A taxa é a mesma do Brasil no ano 2000. O país reduziu o índice para 16, de acordo com o DataSUS.
A renda per capita é de R$ 10,5 mil, ou seja, 24 vezes menor do que a da mais bem colocada no ranking, Gavião Peixoto, com R$ 253 mil. A população ocupada é de apenas 2,74%.