Perda súbita de altura fez avião cair em Vinhedo, diz Cenipa
Relatório inicial destaca que, “no trajeto entre Cascavel/PR e Guarulhos/SP, a aeronave perdeu altura subitamente e colidiu contra o solo”
atualizado
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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou dados sobre o acidente, nesta segunda-feira (12/8), após a realização de perícia inicial no local em que o avião da VoePass caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, na sexta-feira (9/8). A aeronave tinha 58 passageiros e 4 tripulantes. Todos morreram.
O Cenipa é um órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), autoridade brasileira responsável pela condução de investigações de ocorrências aeronáuticas, e pertence à Força Aérea Brasileira (FAB). O centro realizou a chamada “ação inicial” ao longo deste fim de semana.
A ação inicial ocorre quando as primeiras informações que podem justificar o motivo da queda são recolhidas. No domingo (11/8), as autoridades conseguiram recuperar os dados das caixas-pretas do avião.
“No trajeto entre Cascavel (PR) e Guarulhos (SP), a aeronave perdeu altura subitamente e colidiu contra o solo”, diz o reporte do Cenipa.
A FAB explicou, em nota, que essa é a fase inicial das investigações e que o próximo passo é realizar a análise dos dados recolhidos, juntamente “com o levantamento de outras informações necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes”.
Sem o relatório preliminar divulgado, foram levantadas três hipóteses que justificariam a queda. A primeira é que o acidente pode ter sido causado por formação de gelo nas asas, suspeita sustentada pelos boletins meteorológicos do dia e pelo histórico de um acidente similar ocorrido nos Estados Unidos há 30 anos.
A segunda hipótese é que o avião estava com resquícios de danos causados em março deste ano por um “tailstrike”, termo técnico para a batida da cauda do avião na pista.
Por fim, a terceira possibilidade é que a queda teria acontecido devido a problemas no ar-condicionado da aeronave, o que teria prejudicado a sua refrigeração.
Segundo o Cenipa, a conclusão da investigação “terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência”.
O relatório preliminar deve ser divulgado em 30 dias.