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Pedro Lucas: padrasto usou mensagens para disfarçar morte, diz polícia

Mensagens foram enviadas à avó do menino. Pedro Lucas está desaparecido há mais de dois meses, e a Polícia Civil acredita que ele está morto

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Pedro Lucas está desaparecido desde novembro desaparecimento
1 de 1 Pedro Lucas está desaparecido desde novembro desaparecimento - Foto: Redes sociais/Reprodução

Goiânia – A Polícia Civil de Goiás (PCGO) divulgou trechos de uma conversa entre o principal suspeito pelo desaparecimento do menino Pedro Lucas Santos, de 9 anos, e a sogra do homem, avó da criança. A corporação acredita que as mensagens foram enviadas na tentativa de disfarçar a morte do garoto.

Pedro Lucas desapareceu no dia 1º de novembro de 2023, após deixar o irmão mais novo na escola, em Rio Verde, no sudoeste goiano. A polícia afirma que o menino foi morto de forma violenta pelo padrasto José Domingos Silva dos Santos, de 22 anos, preso na segunda-feira (8/1).

Segundo a corporação, existem evidências sobre o crime.

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Sangue foi encontrado na casa de Pedro Lucas
Marcas de sangue na casa do menino Pedro Lucas
Padrasto suspeito do sumiço do menino Pedro Lucas
Pedro Lucas está desaparecido desde novembro
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Sangue foi encontrado na casa de Pedro Lucas

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Marcas de sangue na casa do menino Pedro Lucas

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Padrasto suspeito do sumiço do menino Pedro Lucas

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Polícia deve ouvir novas pessoas nesta semana

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Troca de mensagens sobre Pedro Lucas

Durante coletiva de imprensa na tarde dessa terça-feira (9/1), o delegado responsável pela investigação, Adelson Candeo, afirmou que, entre as provas colhidas durante a apuração do caso, uma troca de mensagens entre José Domingos e a sogra coloca o homem como principal suspeito do crime.

“Foram três mensagens, no dia 1º e no dia 2. Aliás, o fato de ter pouca conversa indica um problema, não é normal. O menino desaparece e ninguém fala sobre”, destacou o investigador.

Um documento divulgado pela PCGO detalha o caso em apuração e aponta que a primeira mensagem foi enviada à avó no dia 1º de novembro, às 16h47. José Domingos pergunta para a sogra se o menino está na casa dela. “Essa é uma preocupação inédita do padrasto sobre onde o menino estava. Normalmente, ele está na rua ou foi buscar o irmão”, afirmou o delegado.

Em seguida, às 16h48, o padrasto fala para a avó que Pedro precisa ir “ligeiro” para casa, pois a mãe do menino teria deixado tarefas para ele fazer. No entanto, em depoimento à polícia, a mãe do garoto afirmou que não deixou nenhuma atividade doméstica para o filho.

“A mãe dele deixou um negócio aqui para ele fazer, ele sumiu e não fez. A mãe dele vai bater nele na hora que ela chegar”, disse o padrasto à sogra.

Após essas mensagens, o padrasto falou novamente com a avó do menino no dia seguinte, 2 de novembro, às 6h20. No novo contato, José Domingos perguntou se a criança teria aparecido na casa dela. “O Pedro some, aí a sua filha fica com raiva de mim. Ó, rapaz, eu tenho culpa que o Pedro faz essas coisas não”, disse ele.

Por fim, o padrasto mandou outra mensagem para a sogra às 16h58. “O Pedro não tem mais jeito, não. A gente fala para ele, só que a gente tem que bater mesmo, né!? O filho não é meu, nem ando batendo, mas vejo a mãe dele brigando com ele aqui no 12. Pedro não tem mais jeito, não”, disse.

Para o delegado, as mensagens mostram uma preocupação de José em disfarçar a morte de Pedro Lucas e justificar o desaparecimento. “Ele afirma que o menino está indisciplinado e deixa a entender para a avó que, se algo acontecer, é por conta desse comportamento”, concluiu.

Prisão

José Domingos foi preso na última segunda-feira (8/1), na casa em que morava com a família, em Rio Verde (GO). A defesa de José Domingos informou que ainda não teve acesso aos autos processuais, mas que o padrasto tem colaborado com a investigação, inclusive com o fornecimento de material genético.

“O representado [José Domingos] sempre negou o cometimento de quaisquer crimes contra seu enteado e colaborou com a investigação, apresentando-se ao delegado de polícia toda vez que foi intimado”, afirmou o advogado Felipe Mendes.

“A defesa e o representado acreditam na Justiça e confiam que as autoridades encontrarão a melhor resposta ao fato”, completou a defesa do padrasto.

Relacionamento ruim

A polícia destacou ainda que Pedro e José Domingos não tinham uma relação tranquila. Uma amiga da criança teria dito, em depoimento, que o padrasto odiava o menino.

“O padrasto odiava ele. O Pedro ficava chorando lá no canto do quarto dele e me falava que o padrasto era chato, feio, e que ele nunca queria ter ele em sua vida. Eu sei que o padrasto e a mãe dele batiam nele de cinto, porque eu via as marcas nas costas dele (…).”

Morte violenta

Ainda de acordo com a PCGO, Pedro Lucas foi morto de forma violenta. Segundo a corporação, a perícia realizada no dia 18 de dezembro de 2023, na residência da família, identificou sangue no tanque e também no berço.

“Perícia realizada na residência em que Pedro Lucas convivia com sua mãe, padrasto e irmãos. Resultado positivo para componente de sangue humano.”

O homem, que está preso temporariamente, teve o mandado de prisão cumprido por homicídio qualificado contra menor de 14 anos e ocultação de cadáver.

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