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Pedro Lucas contou a amiga que padrasto o “odiava” e batia com cinto

Em depoimento, a amiga de Pedro Lucas disse que ele também mostrou marcas pelo corpo de quando apanhava de cinto

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Pedro Lucas
1 de 1 Pedro Lucas - Foto: Reprodução/Redes sociais

Goiânia – De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o depoimento de uma amiga do menino Pedro Lucas Santos, de 9 anos, desaparecido desde o dia 1º de novembro de 2023, em Rio Verde, no sudoeste goiano, foi fundamental para que a corporação entendesse o relacionamento da criança com o padrasto, José Domingos Silva dos Santos, de 22 anos.

O homem foi preso como principal suspeito do crime, já que a polícia acredita que o menino está morto. 

Em depoimento, a amiga do garoto contou que os dois não tinham uma boa relação e que o menino já havia comentado que o padrasto o “odiava”.

“O padrasto odiava ele, o Pedro ficava chorando lá no canto do quarto dele”, disse a menina à polícia.

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Sangue foi encontrado na casa de Pedro Lucas
Marcas de sangue na casa do menino Pedro Lucas
Pedro Lucas está desaparecido desde novembro
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Polícia deve ouvir novas pessoas nesta semana

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A amiga foi ouvida pelo delegado Adelson Candeo, responsável pela apuração. O trecho do depoimento dela foi revelado no documento divulgado pela polícia, em que a corporação detalhes o caso até o momento. Segundo o investigador, o relacionamento entre o menino e o padrasto violento.

“Eu sei que o padrasto e a mãe dele batia nele de cinto porque eu via as marcas nas costas dele”, disse a amiga à polícia.

Por fim, a amiga ainda teria contado à polícia que o menino dizia para ela que o padrasto era chato, feio e que ele nunca queria ter ele na vida dele. “O depoimento dela revela a relação de ódio e violência que o Pedro Lucas e o padrasto conviviam”, finaliza o delegado.

Mensagens como disfarce

Além disso, em uma conversa com a avó do menino, José Domingos disse à sogra que não estava batendo nele mais. “Isso demonstra um passado complicado que o menino tinha com o padrasto”, afirma Candeo. Conforme o delegado, as mensagens foram enviadas na tentativa de disfarçar o crime.

“Foram três mensagens, no dia 1º e no dia 2. Aliás, o fato de ter pouca conversa indica um problema, não é normal. O menino desaparece e ninguém fala sobre”, destacou o investigador.

A primeira mensagem foi enviada à avó no dia 1º de novembro, às 16h47. José Domingos pergunta para a sogra se o menino está na casa dela. “Essa é uma preocupação inédita do padrasto sobre onde o menino estava. Normalmente, ele está na rua ou foi buscar o irmão”, afirmou o delegado.

Em seguida, às 16h48, o padrasto fala para a avó que o menino precisa ir “ligeiro” para casa, pois a mãe do menino teria deixado tarefas para ele fazer. No entanto, em depoimento à polícia, a mãe do garoto afirmou que não deixou nenhuma atividade doméstica para o filho.

“A mãe dele deixou um negócio aqui para ele fazer, ele sumiu e não fez. A mãe dele vai bater nele na hora que ela chegar”, disse o padrasto à sogra.

Após essas mensagens, o padrasto falou novamente com a avó do menino no dia seguinte, 2 de novembro, às 6h20. No novo contato, José Domingos perguntou se a criança teria aparecido na casa dela. “O Pedro some, aí a sua filha fica com raiva de mim. Ó, rapaz, eu tenho culpa que o Pedro faz essas coisas não”, disse ele.

Por fim, o padrasto mandou outra mensagem para a sogra às 16h58. “O Pedro não tem mais jeito, não. A gente fala para ele, só que a gente tem que bater mesmo, né!? O filho não é meu, nem ando batendo, mas vejo a mãe dele brigando com ele aqui no 12. Pedro não tem mais jeito, não”, disse.

Para o delegado, as mensagens mostram uma preocupação de José em disfarçar a morte da criança e justificar o desaparecimento. “Ele afirma que o menino está indisciplinado e deixa a entender para a avó que, se algo acontecer, é por conta desse comportamento”, concluiu.

Prisão do padrasto de Pedro Lucas

José Domingos foi preso na última segunda-feira (8/1), na casa em que morava com a família, em Rio Verde (GO). A defesa de José Domingos informou que ainda não teve acesso aos autos processuais, mas que o padrasto tem colaborado com a investigação, inclusive com o fornecimento de material genético.

“O representado [José Domingos] sempre negou o cometimento de quaisquer crimes contra seu enteado e colaborou com a investigação, apresentando-se ao delegado de polícia toda vez que foi intimado”, afirmou o advogado Felipe Mendes.

“A defesa e o representado acreditam na Justiça e confiam que as autoridades encontrarão a melhor resposta ao fato”, completou a defesa do padrasto.

 

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